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A bobagem. Mídia grandona do continente compara Lula a Chávez e diz que brasileiro a persegue

Antes de mais nada, é preciso deixar bem claro: a Sociedade Interamericana de Imprensa, com esse nome todo pomposo, nada mais é que a entidade que congrega os donos de jornais, revistas e veículos eletrônicos das Américas. E os maiores, te todos os países do vasto continente. A imprensa é mais que isso, mas mania de grandeza faz parte do tipo. O que não se pode é acreditar que tooooda a mídia esteja congregada pela SIP, porque não é verdade.

 

E quem escreve é alguém que já esteve num dos congressos da entidade, mais exatamente o do ano 2000, em Santiago do Chile. E vi muito bem quem estava por lá. Dito isto, vamos ao que interessa. No caso, um comentário do sempre insuspeito Carlos Brickmann. Que tem suas restrições a Lula, como bem sabe quem o lê, mas não é bobo. E não cai em tudo o que lhe dizem.

 

Leia o que ele escreve, a propósito da “condenação” de Lula e a comparação com o presidente venezuelano, Hugo Chávez (os dois na foto feita em junho de 2008, por Marcello Casal Jr, da Agência Brasil) , na sempre saborosa seção “Circo da Notícia”, publicada no sitio especializado Observatório da Imprensa. A seguir:

 

“LULA E A IMPRENSA – Ele não gosta, mas também não persegue

Passou meio batida uma injustiça da SIP, Sociedade Interamericana de Imprensa, contra o presidente Lula: comparou seu comportamento em relação aos meios de comunicação com o de Hugo Chávez, presidente da Venezuela. Bateu pesado: “O presidente brasileiro sempre ataca a imprensa e lança críticas desmedidas quando o enfoque do noticiário ou de um comentário não lhe agrada”. E lembra que Lula já disse que ler jornais lhe causa azia.

Além de injustiça, é bobagem: Lula teve um rompante autoritário (a vontade de expulsar do Brasil o correspondente do The New York Times, Larry Rohter), mas voltou atrás, e não repetiu a dose. Se a leitura dos jornais lhe dá azia, isso não tem nada a ver com perseguição. Ele se informa por outros meios e, a menos que se considere que deixar de comprar jornais é perseguição, limita-se a isso.

As relações de Lula com os meios de comunicação não são perfeitas (mas não o foram nem na saudosa época de Juscelino Kubitschek, quando o líder oposicionista Carlos Lacerda não podia aparecer na TV nem falar no rádio). É verdade que o governo sustenta, com sua propaganda, algumas publicações amestradas, que sem isso não conseguiriam manter-se no mercado. Está errado; mas não significa que persiga quem se opõe a ele, ou quem adote postura independente.

É verdade, também, que Lula evita entrevistas coletivas, e só as realizou quando foram engessadas. Mas não economizou nas entrevistas exclusivas (foi numa delas, aliás, que disse que ler jornais lhe dá azia). Este colunista acha que coletivas são ótimas para a população, mas rejeitá-las não é perseguir a imprensa.

Falhou a SIP. E, ao comparar Lula com Chávez, falhou de novo: deu a Chávez, que este sim persegue seus opositores, a desculpa de que age como Lula. Faltou à SIP lembrar que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens produzidas e publicadas pelo sítio especializado Observatório da Imprensa.

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