IMPRESSA. Na coluna desta terça, vereadores bem que poderiam se ajudar, acabando com alguns gastos
Você confere a seguir, na íntegra, a coluna do editor do sítio, publicada na edição desta terça-feira, 17 de novembro, no jornal A Razão:
Vereadores poderiam acabar com privilégios
O colunista não está exatamente entre os que entende serem demasiados os subsídios dos vereadores. O que não significa concordar com os gastos feitos hoje. São coisas pra lá de distintas. Mas o escriba acredita que, ao defender acerbamente os próprios proventos, os edis deixam de tratar outras possibilidades, até por que não lhe são postas, nessa simplificação do debate.
Exemplo? Por que vereador tem que ter linhas de telefone pagas pelo contribuinte, hoje 550 pilas mensais? Ou 200 litros de combustível/mês, não cumulativos – na prática, o cálculo é 2.400 litros/ano? Numa conta simples, com o litro custando R$ 3,50, são cerca de R$ 180 mil/ano. Com os R$ 140 mil do telefone, a economia já seria de R$ 320 mil.
Convenhamos, a adoção dessas ações (e mais a redução do número de CCs) já garantiria uma imagem mais simpática aos edis, sem prejuízo de suas atividades. E o custo dessas vantagens? Ora, sairia do bolso do próprio vereador.
“INCENTIVO”
Vamos combinar: não ajuda muito a refluir as campanhas pela redução dos vereadores a notícia da retomada das obras do prédio do Legislativo, anexo ao atual Palacete da Vale Machado. Pelo contrário, apenas ajuda a ampliar o protesto. É coisa de mais R$ 3,2 milhões a serem utilizados, além do R$ 1,7 milhão já gasto nos últimos anos.
ORÇAMENTO
Será divulgado hoje o parecer preliminar da Comissão de Finanças da Câmara, à proposta de Orçamento da comuna para 2016. Mas o debate esquentará, mesmo, somente a partir do dia 25, data em que acontece audiência pública e começa o prazo de uma semana para a apresentação de emendas. É aí que o bicho pega. Ou não.
REUNIÃO DA “SETE”
Há muita esperança de uma solução, digamos, diplomática para o episódio judicial que redundou na determinação de fechamento da passagem da rua Sete de Setembro. Brasília e a Agência Nacional de Transporte Terrestre são o destino das negociações a ser travadas pelo prefeito Cezar Schirmer e pelos deputados Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta.
SCHIRMER E O PMDB
O colunista suspeita que o prefeito, que já estará em Brasília mesmo, dará ao menos uma passadinha no Congresso da Fundação Ulysses Guimarães, que acontece hoje. Será um encontro que pode encaminhar os rumos do PMDB nacional, ainda que agitado pela situação de um de seus graúdos, o ex-super Eduardo Cunha.
Orçamento da CV do ano que vem prevê 20,7 milhões de reais. Eram 16,9 milhões para este ano, logo crescimento de 3,8 milhões (parecido com o número do anexo). Quase 22,5%, se não me passei nas contas.
Orçamento de 2015 já é interessante, modernização administrativa 450 mil, informatização 425 mil, serviços de terceiros PJ 825 mil, material de consumo 250 mil.
Funciona na base do "o que a gente precisa" e não no "o que a gente não pode deixar de gastar". Mesmo num ano que se sabe que as receitas não serão maiores, muito pelo contrário.