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CONGRESSO. Deputada Erika Hilton já espera enfrentar hostilidade na Câmara, por ser Trans

Parlamento com perfil conservador também será entrave, diz psolista

Próxima legislatura será a primeira a contar com deputadas federais trans. Uma, Erika Hilton, antecipa cenário hostil (foto Divulgação)

Reproduzido do portal Congresso em Foco / Texto assinado por Lucas Neiva

Pela primeira vez na história, pessoas trans assumirão mandato na Câmara em fevereiro de 2023: as deputadas Duda Salabert, do PDT de Minas Gerais, e Erika Hilton, do PSol de São Paulo. Eleita com uma pauta voltada para a defesa dos direitos humanos e de combate à homofobia e transfobia, a nova parlamentar do PSol espera encontrar um ambiente hostil no Congresso por ser LGBTI+. Ela esteve esta semana em Brasília, onde circulou pela Câmara e pelo Centro Cultural Banco do Brasil (CBB), onde funciona o governo de transição.

Apesar da vitória eleitoral de Lula (PT), de perfil progressista, o Congresso que entra na próxima legislatura é majoritariamente conservador: o PL, principal partido de direita, terá 98 deputados. O Republicanos, de pauta conservadora, terá 39. O PP, principal sucessor do antigo Arena e ponto de encontro de diversos quadros conservadores desde a redemocratização, terá 47 parlamentares.

Esse cenário, para Erika Hilton, é de desvantagem para o avanço de pautas ligadas à defesa da população trans, ainda mais diante da resistência provocada pela derrota de Jair Bolsonaro nas urnas. “Nós vamos enfrentar uma grande resistência. Precisamos entender que a derrubada do Bolsonaro faz com que as esferas bolsonaristas fiquem ainda mais eufóricas, mais nervosas, mais afrontosas, então provavelmente vão atacar essa pauta”, disse a deputada eleita ao Congresso em Foco.

Além da dificuldade provocada por conta do próprio efeito das eleições, a deputada eleita também aponta para o histórico do próprio Congresso Nacional. “Será um Congresso hostil. Se olharmos a configuração de toda a história do Congresso Nacional, ele sempre foi omisso às pautas da população LGBI+, então teremos sim uma hostilidade porque faz parte da própria característica do legislativo”.

Dois fatores já pendem em favor de Erika e demais parlamentares com interesse na defesa de projetos ligados à comunidade LGBTI+: o aumento da representatividade dessa população no Congresso e a própria eleição de um presidente amigável às suas pautas. “É um cenário diferente, com um governo de esquerda que pode ajudar a levar adiante algumas pautas muito importantes para nós”.

O terreno hostil, porém, não é novo para a deputada eleita, que já atuou tanto na Assembleia Legislativa de São Paulo quanto na Câmara Municipal da capital paulista. Erika diz que pretende se aproximar gradualmente dos demais deputados antes de decidir em quais projetos avançar. “É preciso ter contato com os pares para saber quais são as políticas que nós teremos fôlego e condição de levar adiante”, explicou…”

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Um Comentário

  1. Minorias significam poucas pessoas. Todo mundo já sabe como vai votar, logo a importancia diminui. Primeiro mandato na Camara Federal? Importancia diminui. Midia pode ate dar destaque, mas lá vai ser mais uma no meio de 513. Não o centro do parlamento.

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