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Federais. Disputa fraticida pelo comando pode prejudicar o trabalho da Polícia Federal

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retorna sábado ao Brasil, depois de périplo pela Índia e pela Alemanha. Com resultados considerados satisfatórios, do ponto de vista econômico e até do estreitamento dos laços internacionais do País, pelo menos um enrosco encontrou Sua Excelência no meio do caminho: a ação de busca e apreensão realizada na casa do irmão dele, Genival (Vavá), que reside no ABC paulista.

 

E há um subproduto disso tudo, como se depreende do noticiário posterior: as dificuldades de uma atuação coesa da Polícia Federal, em função das lutas, cada vez mais fraticidas, que estariam ocorrendo na corporação. Por quê: pela indefinição em torno do comandante, no caso, diretor-geral, da PF.

 

O fato é que Paulo Lacerda é um interino permanente. Teria sido dito ao presidente, e ao ministro Tarso Genro, que sucedeu a Márcio Thomaz Bastos, que Lacerda, um já lendário delegado federal (atuou na CPI do Collor, nos idos de 90), se mostrava disposto a sair. Foi convencido a ficar, por algum tempo, por Bastos e Tarso.

 

Houve tentativa, por parte da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, de levá-lo para presidir o Ibama. Lula não deixou. E nem se sabe se o delegado iria querer. O fato é que Paulo Lacerda continua onde está. Mas ninguém sabe, especialmente os comandados (e aí o busilis), até quando.

 

A situação estaria provocando uma verdadeira guerra de facções internas na PF. Todas se digladiando em busca de posições que garantam mais poder interno. E obviamente prejudicando o trabalho da organização.

 

Este é o imbróglio, a parte o drama pessoal do Presidente (o irmão sendo investigado), que terá que ser resolvido por Lula. E o quanto antes. Afinal, já houve vítimas do processo, segundo alguns, com a saída (por suspensão determinada pela Justiça) provisória do número 2 dos federais, Zulmar Pimentel.

Para o bem do País, que gosta tanto e admira o trabalho profissional dos federais, é interessante que Lula, ao chegar, bata na mesa e resolva o problema. Diz-se que é exatamente isso que o Presidente pretende fazer. Tomara.

 

SUGESTÕES DE LEITURAconfira a reportagem “Indefinição de novo diretor-geral acirra a disputa no comando da Polícia Federal”, de Andréa Michael, da sucursal de Brasília da Folha de São Paulo.

Leia também a nota “Lula quer definição rápida sobre comando da PF”, publicada pelo jornalista Josias de Souza.

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