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ELEIÇÕES 2022. Semana decisiva para escolha do candidato do PSDB na briga pelo Palácio do Planalto

Governadores do RS e SP são os principais adversários no próximo domingo

Governadores paulista e gaúcho são os principais adversários da disputa, que também tem ex-senador Arthur Virgílio (Foto Divulgação)

Reproduzido do Site do Correio do Povo / Por Mariana Londres, do Portal R7

Os filiados do PSDB vão escolher, no próximo domingo, 21, o candidato do partido para disputar a Presidência da República nas eleições de 2022. Disputam as prévias os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS), e o ex-senador e ex-prefeito de Manaus (AM) Arthur Virgílio.

Na reta final, os principais adversários, Doria e Leite, – Virgílio corre por fora – disputam os votos em diversos estados e municípios. A reportagem apurou que os deputados federais Célio Silveira (GO) e Rossoni (PR) devem anunciar, nesta semana, apoio ao governador paulista.

O trabalho de conquistar apoio dos tucanos espalhados pelo país é crucial para angariar os votos necessários dentro dos quatro grupos que compõem as prévias do partido, que será indireta e secreta. De acordo com fontes ligadas a campanha de Doria, a estimativa é de que o paulista tenha 70% dos votos. A equipe de Leite, por sua vez, fala em 65% de apoio no partido.

Pelo formato tucano, formam 25% do eleitorado os 565 prefeitos e 445 vices. Os 4.297 vereadores e 272 deputados estaduais, outros 25%. Três governadores, cinco vices, sete senadores, 32 deputados federais e o presidente nacional, representam também 25%. Os filiados, o restante (25%).

Vence o candidato que alcançar a maioria absoluta dos votos (resultado do grupo 1 + resultado do grupo 2 + resultado do grupo 3 + resultado do grupo 4). Caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos nas prévias, haverá segundo turno no dia 28.

Segundo o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o partido conta com 1.355.766 filiados, mas apenas 28.574 mil haviam se cadastrado até as 18h da última quinta-feira, no aplicativo criado pela legenda para a disputa, condição prévia para votar.

As campanhas dos pré-candidatos avaliam que, de fato, a adesão está abaixo do esperado. A expectativa é de que o número salte para cerca de 40 mil pessoas. “É pouco, mas ainda assim é mais do que os outros partidos vão ter de votantes em seus respectivos candidatos”, disse Virgílio.

Os deputados federais e senadores da legenda poderão votar presencialmente em Brasília. No domingo, os pré-candidatos estarão reunidos na capital federal para acompanhar a votação com o objetivo de mostrar união, independentemente do resultado, e afastar as críticas de que as prévias dividiram ainda mais a legenda.

As prévias do PSDB foram marcadas por acusações entre os principais pré-candidatos, denúncias de fraude, suposto hackeamento, desfiliação de prefeitos e vices e ameaças de judicialização – os episódios acumulados mostram a dificuldade de união e a rivalidade entre líderes tucanos do país.

Durante o período, apoiadores de Leite apresentaram denúncia de que o grupo do governador paulista filiou 92 prefeitos e vices de forma irregular, com data retroativa, para inflar o colégio eleitoral e, assim, conquistar mais votos. As filiações teriam ocorrido após a data limite (31 de maio), de acordo com a acusação, considerada grave, feita pelos diretórios de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

O objeto foi analisado pela presidência nacional do partido, que determinou a desfiliação dos 92 membros, o que representou derrota para o governador paulista. A equipe de Doria nega irregularidades e também solicitou investigação contra a filiação de membros dos diretórios do RS, BA e MG — aliados de Leite.

Em reta final, a campanha de Doria avalia a estratégia adotada como positiva e sintomática. “A gente pode dialogar com o conjunto do partido em todo o Brasil e tivemos importantes manifestações de apoio”, afirma Marco Vinholi, presidente do partido em São Paulo e secretário de Desenvolvimento Regional do Estado.

“A nossa postura significou muito no processo e, por isso, nós vemos o Doria como maioria. Acompanhando o governador, pude ver que foi feito um jogo democrático. Em todos os eventos, ele pedia salva de palmas para os adversários, não fez ataque”, complementou.

O lado do governador gaúcho, contudo, contesta a versão paulista e diz que Doria fez uma manobra fora das regras do jogo. “Só perceber o fato de o próprio PSDB de São Paulo filiar 92 prefeitos depois do prazo. Isso foi invalidado. Se tentou, através de candidatura para ter mais votos de peso, filiando fora do prazo, e isso mostra que não vale romper as regras porque o próprio partido fez voltar atrás e não valer esses votos”, disse Daniel Trzeciak Duarte, segundo vice-presidente do PSDB do Rio Grande do Sul e deputado federal.

Fora das polêmicas, o pré-candidato Arthur Virgílio avalia como natural “os momentos de esquentamento”, mas diz não ser justa a crítica, , causada pelos episódios ocorridos durante as prévias, de divisão entre o partido. “A divergência é o sal da terra, nos alimenta e faz melhorar. É preciso humildade, reconhecimento da experiência, para rumar no caminho positivo e de crescimento para o partido em nome do Brasil”, defende.

Apoios
Doria e Leite têm conquistado apoios importantes em seus respectivos estados, mas ao mesmo tempo sofreram abandonos em seus próprios redutos eleitorais. Em São Paulo, são os casos, por exemplo, do vereador Aurélio Nomura, ex-líder de Doria na Câmara Municipal de São Paulo, e do prefeito de Santo André, Paulo Serra, que apoiam Leite.

Já no Rio de Grande do Sul, são os casos, por exemplo, de Amadeu de Almeida e Aldo Silva, prefeito e presidente da Câmara Municipal de Vacaria, que defendem Doria. A avaliação feita pelo presidente do legislativo do município gaúcho é de que Leite falhou. “Ele não olhou para os correligionários, pelo menos nós. Precisamos tentar novos horizontes e, com o Doria, acredito que teremos um novo futuro e melhor”, disse.

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