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Observatório. Confira aqui a versão original da coluna publicada neste sábado, 15 de novembro

“O PP E A INESPERADA RESISTÊNCIA”

 

 

INESPERADO – É provável que Cezar Schirmer não contasse com tanta resistência do PP em abrir espaço para suplentes do PMDB na Câmara. Essa contingência traz dificuldades para acomodar ilustres peemedebistas defenestrados pelas urnas.

 

 

 

“SCHIRMER, O DISPUTADO ESPÓLIO DE 24 MIL VOTOS”

 

 

Cezar Schirmer fez exatos 24.064 votos em Santa Maria no pleito de 2004, quando aspirava a mais um mandato de deputado federal. Quem vai tomar conta deste pra lá significativo espólio eleitoral, a confirmar-se o que se diz nos bastidores – que o PMDB da boca do monte não apresentará concorrente?

 

Jorge Pozzobom, que ainda é do PSDB, afirma (e a coluna reproduziu correspondência do próprio, semana passada) que será o candidato de Schirmer. É. Pode ser. Talvez seja. Mas os peemedebistas não estão contando com isso. Ou, se estão, vão ignorar. Tanto que, já se sabe, três deputados hoje titulares pretendem disputar esganiçadamente a maior parte desse manancial.

 

Sem falar em outros, com estrutura menor, Osmar Terra, Darcísio Perondi e Eliseu Padilha já montam suas equipes exatamente para explorar todas as possibilidades capazes de garantir parte desse mais de 24 mil votos.  Aliás, o primeiro do trio, como se sabe, é a-p-a-i-x-o-n-a-d-o pela cidade.

 

 

 

“POZZOBOM DE SAÍDA DO NINHO TUCANO?”

 

 

Tem gente graúda tentando convencer Jorge Pozzobom que, para ter chance efetiva de contar com apoios importantes do PMDB, além do de Schirmer (que, inclusive por fidelidade partidária, só poderia dar apoio pessoal, e não oferecer estrutura com cabos eleitorais), somente se virar peemedebista. O que facilitaria inclusive a luta contra os que aqui vêm para buscar votos que há dois anos foram do agora prefeito eleito.

 

Pozzobom estaria resistindo. E sobram razões para isso. Uma delas é o irmão vereador, que não poderia segui-lo, sob pena de perder o mandato recém-conquistado. Outra é sua estreita ligação (viu-se na Romaria à Medianeira) política com a tucana governadora Yeda Crusius.

 

E uma terceira seria explicar isso aos próprios partidários, que afinal de contas continuariam onde estão. Inclusive porque dá-se de barato que os 29.490 votos feitos em Santa Maria em 2006 foram dele, Pozzobom, e não necessariamente do PSDB.

 

Significa que Jorge Pozzobom não irá para o PMDB? Bem, oráculo não é exatamente a vocação deste colunista.

 

 

 

“SOBREVIVE O PLANO A PARA A CULTURA”

 

 

Ainda existe remota possibilidade de Cezar Schirmer emplacar o candidato natural à Secretaria de Cultura – a coluna já publicou até o nome dele, não faz muito, e não o repete, pela auto-disposição de não entrar na ciranda da especulação que só serve aos interessados, e não necessariamente ao leitor. Mas se pode adiantar que os óbices ainda existentes são de natureza exclusivamente profissional.

 

 

 

“DE UM TEMPO EM QUE AINDA SE SONHAVA COM 21 VEREADORES PARA SANTA MARIA”

 

 

A seção “Não custa lembrar”

 

Em 15 de maio de 2004:

 

“* Não morre, nem poderia, a esperança dos partidos de que permaneçam sendo 21 os vereadores de Santa Maria na próxima Legislatura.

* Agora, se forem 14… pelo menos o PP terá seríssimos problemas. São mais de 50 pré-candidatos e não é de duvidar que algumas figuras ilustres fiquem de fora. Até porque, vagas terão que ser reservadas ao PSDB (pelo menos cinco) e o PL (três).

* Nesse caso, que para os pepistas seria terrível, teriam que ser descartados mais de 30 nomes. É mole? “

 

Hoje:

 

Passados exatos quatro anos e meio, ninguém mais fala em aumentar o número de edis de Santa Maria (o que, bem o sabem os leitores deste espaço, a coluna defende) para 21. O pessoal, aparentemente, se acostumou com a redução, principalmente depois que a alternativa sugerida no Congresso implicaria em diminuição drástica dos recursos disponíveis. E até mesmo para acomodar os candidatos os partidos encontraram regras. Tanto que caiu para 112 a quantidade de pretendentes, agora, em 2008.

 

 

 

“A HISTÓRIA DO ADESISTA HISTÓRICO. QUE, POR NOTÓRIO, ESTÁ COM PROBLEMAS”

 

 

A seção Luneta

 

O ônus da suplência, Cezar Schirmer sentiu nos (quase) dois anos em que está em Brasília, a partir de fevereiro 2007, como primeiro suplente da bancada do PMDB gaúcho.

 

O deputado pode não confirmar, mas a condição é ainda mais dolorida neste momento em que as urnas o tornaram prefeito de Santa Maria. Afinal, dos R$ 10 milhões que poderia destinar à cidade, como emenda parlamentar, só indicará 30%.

 

O restante ficou para o titular, Osmar Terra, que voltou a ser deputado por apenas dois dias, exclusivamente para apresentar as emendas.

 

É verdade que Schirmer ainda poderá – e é possível (é o desejo de todos) que consiga – influenciar nas 20 emendas da bancada gaúcha e, por aí, encontrar mais troco para Santa Maria. Mas…

 

O adesismo não conhece limites. Tem um militante, por exemplo, que dois dias antes do pleito de 2004 discursava pela cidade palavras de baixo nível contra o então candidato à reeleição, Valdeci Oliveira.

 

Não demorou muito e virou aliado do prefeito. Inclusive arrumou um cargo. Por conta disso, e só por isso, fez campanha para Paulo Pimenta, agora em 2008.

 

Pois, passado o pleito, esse protótipo do “idealismo” já procurou todos os candidatos a vereador pelo PMDB, eleitos ou não, para ver se consegue manter o status que tem, na área esportiva, que deixará de ser secretaria.

 

O azar desse cidadão é que ficou por demais notório. Porém, nunca se sabe. Afinal de contas, ele tem currículo. Ou pelo menos acha que tem.

 

A governadora Yeda Crusius gosta mesmo de fortes emoções. É o que se percebeu nessa semana, com os projetos por ela enviados à Assembléia.

 

Num, prorroga contratos de concessão das RSs como provável aumento do número de pedágios. Noutro, fixa o piso regional dos professores. Ambos uma bronca das grandonas a caminho.

 

Única secretaria já teve dois se apresentando como titulares do futuro governo municipal. Um, inclusive, na Feisma, convidou profissionais para serem seus assessores, a partir de 2009.

 

Ah, a pasta a coluna não revela (inclusive para preservá-la), mas este “secretário” atua em município bastante próximo a Santa Maria.

 

Você também pode encontrar este colunista diariamente às 7h45, e ao meio dia, na rádio Antena 1; e a qualquer momento no site www.claudemirpereira.com.br.

 

 

 

“ROMARIA DE ‘IDEALISTAS’ NA RUA SILVA JARDIM”

 

 

De segunda a sexta-feira, no chamado “horário comercial”, há uma verdadeira romaria em direção a um endereço na rua Silva Jardim – o que é dublê de residência e escritório político de José Haidar Farret. O local anda sempre lotado de pretendentes a um cargo de confiança a partir de 2009. Sobram currículos sobre a mesa do futuro vice-prefeito. Sem falar nos bilhetinhos de recomendação.

 

Dois detalhes: (1) Farret terá cargos, claro, no próximo governo, mas é o vice, e portanto a caneta das nomeações não está com ele; e (2) o endereço mais apropriado para esse tipo de peregrinação é outro, na rua Venâncio Aires, quarto andar do prédio da SUCV. Ali funciona o escritório da transição. E que também recebe muitos visitantes, acrescente-se.

 

EM TEMPO: da mesma forma que se acredita ser possível ao Dutra Vila Futebol Clube ser campeão do mundo em 2025, há convicção plena de que os interessados nos CCs são todos de um zeloso, vibrante e contagiante idealismo.

 

 

 

“ASSISTENCIALISMO, O GRANDE ELEITOR DA MAIORIA DOS EDIS DE SANTA MARIA”

 

 

É muito difícil que

o plenário piore. Mas

não é demais ficar de olho

 

Assessor de um dos 14 edis eleitos em 5 de outubro, e que (entende-se) pede para não ser identificado, menos ainda o(a) eleito(a), fez a seguinte avaliação, sobre os escolhidos pela população: “com exceção de dois ou três, no máximo quatro, todos os que conseguiram mandato tiveram substancial ajuda do assistencialismo”. Não esclareceu se o seu edil está nesta condição, mas deixou claro que é assim que ele(a) vai atuar, nos quatro anos de mandato.

 

Se alguém de dentro diz isso, o que sobra para o observador? Boa vontade. Não mais que isso. E, o que é pior, a sensação, passados 40 dias do pleito, é a mesma diagnosticada pelo privilegiado participante do episódio eleitoral.

 

Ele foi além: citou vários casos em que a lei não foi descumprida, mas a ética ficou bastante prejudicada. Um favor aqui, outro ali. Ninguém pedia o voto, especificamente, mas era evidente a relação de subserviência política. E em duas vias. Isto é: “o cara já ia para o candidato dizendo que, se não fizesse tal coisa, não teria o voto dele, da família e até dos vizinhos”.

 

Quanto ao colunista, sempre que perguntado, tem demonstrado otimismo em relação aos próximos quatro anos, na Câmara. Inclusive porque, embora seja sempre possível piorar, esta legislatura foi tão ruim, do ponto de vista do debate político, e com sobra de projetos demagógicos, que é difícil crer em nova catástrofe. Se, porém, ela acontecer – não obstante as exceções chanceladas pela sociedade – que ninguém se surpreenda. Afinal, esse é o pensamento de quem vai estar lá, mesmo que pela palavra de um assessor.

 

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