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CAMPANHA. Deputados estaduais gaúchos eleitos arrecadaram, em média, R$ 327 mil cada, em 2014

Os 55 deputados estaduais eleitos em 2014 fizeram, em média, 44.224 votos. Houve só um com menos de 10 mil e outro com 13,5 mil

Por MAIQUEL ROSAURO (com foto de Divulgação), da Equipe do Site

Se você for concorrer à Assembleia Legislativa, em outubro, é bom ir preparando o bolso. O site fez uma pesquisa na prestação de contas dos 55 deputados estaduais gaúchos eleitos, em 2014, para identificar os valores arrecadados. Em média, os vencedores nas urnas tiveram uma receita de R$ 327,6 mil.

A campeã de votos há quatro anos foi Manuela D’Avila, que fez 222.436 votos, mais que o dobro do segundo mais votado, Lucas Redecker (PSDB), com 96.561 votos. E a comunista do B conquistou seus eleitores com menos dinheiro que o tucano. No total, Manuela, que já havia sido deputada federal, arrecadou R$ 393,8 mil contra R$ 759,2 mil de Redecker.

Entre os 55 eleitos, apenas quatro superaram a marca de R$ 1 milhão em arrecadação: Regina Becker (PDT), com R$ 1,4 milhão (fez 46.778 votos); Luiz Fernando Mainardi (PT), com R$ 1,281 milhão (56.629 votos); Silvana Covatti (PP), com R$ 1,214 milhão (89.130 votos); e Nelsinho Metalúrgico (PT), com R$ 1,072 milhão (42.102 votos).

O estudo do site aponta que uma grande arrecadação não garante lugar entre os mais votados. Regina Becker, por exemplo, foi apenas a 23ª mais votada; Mainardi foi o 12º, Silvana Covatti ficou na 4ª posição e Nelsinho Metalúrgico foi o 30º.

Na base da tabela está o deputado estadual mais invejado por todos aqueles que sonham em conquistar uma vaga este ano, João Reinelli (PV), eleito com apenas 9.098 votos. Sua receita para o pleito de 2014 foi de exatos R$ 33.221,00. Apenas um candidato, entre os eleitos, arrecadou menos, o santiaguense Miguel Bianchini (PPL) com R$ 30.133.85 em caixa e 13.515 votos na urna.

Tanto Reinelli quanto Bianchini beneficiaram-se de suas coligações partidárias para conquistar cadeiras na Assembleia. Os 55 eleitos fizeram, em média, 44.224 votos.

Os santa-marienses que conquistaram vagas naquele ano, por exemplo, ficaram próximos à média geral de votos dos eleitos. Jorge Pozzobom (PSDB) fez 48.244 votos (arrecadou R$ 288.237,41) e Valdeci Oliveira (PT) fez 44.501 votos (receita de R$ 231.804,63).

Novas regras para 2018

Uma das principais diferenças do pleito deste ano, com relação a 2014, está nos sistemas de financiamento coletivo (crowdfunding ou vaquinha virtual). É a primeira vez que a ferramenta é utilizada, por meio de sites autorizados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde os apoiadores (apenas pessoas físicas) podem realizar doações aos candidatos.

Nas redes sociais dos candidatos é possível encontrar os links para as vaquinhas. Em geral, as arrecadações ainda não decolaram. O TSE estabeleceu que contribuições feitas por um doador no mesmo dia não podem exceder o valor de R$ 1.064,10.

Este ano, ao contrário do que ocorreu em 2014, as doações de empresas são proibidas, o que deve gerar uma receita menor aos candidatos.

No infográfico abaixo, confira a relação receita x votos dos deputados estaduais eleitos no Rio Grande do Sul em 2014. O estudo mostra uma tendência de alta na relação entre dinheiro e maior quantidade de votos.

 

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