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A eterna panaceia da esquerda – por Giuseppe Riesgo

O articulista e a votação do projeto de reajuste do magistério estadual do RS

A política exige paciência e, nesse sentido, a última sessão ordinária do ano legislativo foi absolutamente pródiga. Em meio aos debates para o cumprimento do piso nacional do magistério, o desapego da esquerda com a realidade fiscal do estado e do país foi espantoso.

A posição da nossa bancada foi clara: num contexto de desemprego histórico e situação de miséria extrema, não é hora de recompor ou aumentar salários no setor público.

Isso não significa, como já afirmado aqui na coluna, que não me compadeço com descaso na educação e os baixos salários dos nossos professores. No entanto, no atual contexto da maioria da população brasileira, o magistério estadual ainda goza de estabilidade e vantagens não dispostas aos trabalhadores da iniciativa privada.

Nesse debate, o PT e os demais partidos de esquerda me acusaram de fascista e insensível. Pouco preocupados com os resultados de suas políticas para a educação e sem fazer um mea culpa sobre a situação do magistério, a esquerda seguiu se eximindo da situação de falência fiscal que relegou aos professores uma carreira inchada e, consequentemente, baixos salários ao longo de décadas.

Eu tentei fazer a minha parte: evidenciar que o populismo não é o caminho para valorização dos servidores. Que o socialismo nos lega apenas miséria e fome. Que o keynesianismo nos endivida e compromete a atual e as futuras gerações. A esquerda, pela falta de argumentos, apenas me chamou de velho.

Eu ainda tento compreender o que de novo existe em defender o socialismo como solução para problemas sociais tão complexos. Espero que a reflexão feita na tribuna ajude a esquerda a finalmente acordar de sua eterna panaceia. Afinal, a realidade econômica do país e do nosso estado se impõe.

(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

Nota do Editor. A foto que ilustra esse artigo – do autor em discurso na sessão desta quarta-fera, 22, da Assembleia Legisltiva – é de Celso Bender, da Agência de Notícias da ALRS.

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3 Comentários

  1. Situação no Brasil depois da pandemia não é a das mais propicias. A ultima mentira (‘narrativa’) que a esquerda quer fazer colar é o da ‘fome’. Falam em ‘números’. O Indice Mundial da Fome é formulado por duas ONG’s, a Concern Worldwide (sede na Irlanda) e a Welthungerhilfe (sede na Alemanha). São 100 pontos possiveis. Abaixo de 10 o risco de fome é baixo. Entre 10 e 20 é moderado. De 20 para cima é sério. Depois vem o ‘alarmante’ e o ‘extremamente alarmante’. Cuba sempre apresenta indice menor que 5 (por quê será?). Brasil em 2000 tinha indice 11.5. Em 2012 5.5 e em 2021 equiparou-se a Cuba, menor que 5. Daí vem os argumentos do ‘pessoas nas esquinas’. a mídia e as ‘pessoas comprando ossos’. Obvio que antes da pandemia não haviam, mas as exceções não podem ser tratadas como regra (como a esquerda e a midia engajada gosta de fazer). O que traz de volta as panaceias da esquerda. Venezuela em 2000 tinha indice 14,6. Em 2012 o indice tinha baixado para 7,4. Em 2021 pulou para 22,2. Nesta hora os ‘espertos’ saltam longe, ‘não vamos discutir Cuba ou Venezuela’, ou seja, as c@g@d@s que as panaceias produzem ‘não podem ser assunto porque é desvantajoso eleitoralmente’. Enfase no ‘eleitoralmente’. Alás, o indice da Namibia em 2021 é 20.2. Logo o tal ‘mapa da fome’ é só mais uma cascata. Sem problema, nos programas por aí a utilidade do controle remoto é comprovada. Só ouve m. quem quer.

  2. Salários dos professores têm que ser dignos, mas a qualidade da educação não se resume a isto. Obvio. Podem quadruplicar os proventos (de qualquer servidor publico) e continuarão a desempenhar suas tarefas da mesma maneira que sempre fizeram. A desculpa será a ‘falta de estrutura’, a fase da lua, as marés dos oceanos, a confluencias dos astros.

  3. Esquerda no Brasil tem problemas cognitivos além dos ideológicos. Grande maioria utiliza rótulos, mentiras, meias verdades e teorias da conspiração por dois motivos. Primeiro porque não têm capacidade de argumentar. Segundo porque a realidade que está aí não interessa, realidade é o que eles creem que seja. A total falta de vergonha na cara, a ojeriza ao trabalho produtivo, estes são de cada um.

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