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CIDADE. Mulheres fazem ato contra Bolsonaro. Manifestação ocorreu na Praça Saldanha Marinho

Mobilização deste sábado (4) também ocorreu entre outras cidades pelo Brasil

Bandeiras contra o machismo e o fascismo uniram diversos segmentos na praça. Foto Rafael Balbueno / Sedufsm

Por Fritz Nunes / Sedufsm

“Ninguém aguenta mais. Fora Bolsonaro e seus generais”. Essa foi a palavra de ordem puxada pela secretária-geral da Sedufsm, professora Márcia Morschbacher, durante o ato “Bolsonaro nunca mais”, ocorrido na tarde deste sábado (4), na Praça Saldanha Marinho. A manifestação foi convocada pelos diversos movimentos de mulheres, sendo alguns ligados a partidos e sindicatos, tanto em Santa Maria, como no restante do Brasil, e representou o fechamento dos protestos contra o governo de Jair Bolsonaro, iniciados ainda no primeiro semestre deste ano, e que tiveram como mote inicial a defesa da #vacinaparatodos.

A palavra de ordem entoada pela diretora da Sedufsm estabeleceu uma relação direta com as políticas destrutivas do atual governo. Ela citou que ninguém aguenta mais o aumento do custo de vida, do desemprego, da fome e dos diversos tipos de violência. Márcia ressaltou que as ações do Executivo federal têm gerado a destruição das políticas públicas e, que, se não houver mobilização, tende a piorar caso sejam mantidos os cortes orçamentários ou se for aprovada a reforma administrativa (PEC 32).

Abaixo o machismo, o fascismo e a fome
Loiva Chansis, da coordenação do sindicato dos técnico-administrativos (as) da UFSM (Assufsm) destacou o papel das mulheres na luta cotidiana em favor de uma educação de qualidade, de uma saúde pública e gratuita, mas, também, contra o machismo e o fascismo que, segundo ela, foram exacerbados desde 2019, quando assumiu o governo Bolsonaro. A dirigente da Assufsm fez questão de enviar um abraço aos familiares de vítimas da tragédia da boate Kiss, que estão na tenda próxima ao Calçadão, ou acompanhando o julgamento em Porto Alegre, e que seguem clamando por justiça quase nove anos após o incêndio.

A líder comunitária do bairro Nova Santa Marta (que completa 30 anos dia 7 de dezembro), Elisa Pinheiro, chamou a atenção durante o ato para o drama vivido pela população: mães, filhos e pais que passam fome na atual conjuntura do país. “Todos os dias temos pessoas batendo na nossa porta pedindo comida”. Contudo, no entendimento dela, é preciso “perdoar quem votou nesse traste”, se referindo ao presidente Bolsonaro. “Não podemos nos deixar enganar novamente e votar errado”, frisou. “Ele, não”, finalizou.

Cultura na praça
A manifestação deste sábado também abriu espaço para expressões culturais. A jornalista Melina Guterres apresentou vários poemas durante o evento, sendo um especialmente dedicado à Marielle Franco. A então vereadora (Psol), socióloga e militante feminista, foi assassinada em 14 de março de 2018, na cidade do Rio de Janeiro, mas o crime até hoje não foi completamente elucidado.

Foram apresentadas algumas danças de roda, com a presença marcante de estudantes indígenas ligado ao Yandé, coletivo que atua junto à UFSM, que ajudou nas coreografias. A militante da Assufsm, Natália San Martín, também deu sua contribuição. Com sua voz e o violão arriscou a canção de Humberto Gabbi Zanatta e Francisco Alves, mas consagrada na voz de Dante Ramon Ledesma:

“Talvez um dia, não mais existam aramados
E nem cancelas, nos limites da fronteira
Talvez um dia milhões de vozes se erguerão
Numa só voz, desde o mar as cordilheiras
A mão do índio, explorado, aniquilado…”.

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