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CORSAN. Associação Brasileira de Municípios faz Nota pró-água pública e contra venda da empresa

Para sindicato, ainda há ‘muita água pública ainda para correr sob esta ponte’

Afora vários municípios e associações gaúchas, agora também uma entidade federal se manifesta contra a privatização do saneamento, o que ocorreria com a venda da Corsan. No caso, é a Associação Brasileira de Municípios (ABM), presidida pelo prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi.

Da mesma forma, quem se manifesta, sobre o aditivo assinado por parte dos municípios que têm contrato com a Companhia, é o Sindicato dos trabalhadors, Sindiágua. Confira, a seguir, os dois textos.

Nota da ABM sobre aditivos da Corsan

A Associação Brasileira de Municípios (ABM) vem a público se posicionar contrariamente à assinatura dos aditivos de contratos da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) assinado, até o momento, por 74 municípios gaúchos e que conforme denúncia do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul (Sindiágua-RS) e da Frente em Defesa da Água e do Saneamento, a informação sobre uma “cláusula de aumento da tarifa”, que deverá impactar fortemente as tarifas além dos reajustes anuais da conta de água pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) já previstos até 2027, foi ocultada da população destes municípios.

Conforme prevê o aditivo aceito nos 74 municípios, a partir de 2028 haverá a revisão de perdas acumuladas desde 2019. Isso, acrescentando a remuneração variável dos investimentos, fará com que, quanto menor o município, maior será a conta a ser paga. A partir de 2028 a tarifa terá um preço variável a partir das necessidades do município.

A referida “cláusula de aumento da tarifa” foi omitida da população, uma vez que a maioria dos prefeitos assinaram aditivo aos contratos com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) sem aval dos legislativos municipais, por 40 anos, renováveis por mais 40 anos. Impedindo o exercício da participação e do controle social que como instrumentos de democratização viabilizam a conscientização das comunidades locais quanto às questões de saneamento básico, contribuindo a um maior envolvimento dos cidadãos nas ações necessárias à efetivação das medidas que venham a ser definidas pelas autoridades.

A ABM é favorável ao controle social dos serviços de saneamento garantindo à população o acesso aos resultados e procedimentos envolvidos na prestação destes serviços, assim como permitindo aos cidadãos opinar sobre as reais necessidades da sociedade no que diz respeito ao saneamento básico da região, resultando em maior legitimidade na prestação dos serviços públicos de saneamento.

Ary Vanazzi

Presidente da ABM”

Nota do SINDIÁGUA-RS:

“Estamos encaminhando ação ao judiciário denunciando um outro aumento de tarifa que não constava na Minuta do documento anteriormente apresentado, mas que foi colocado de última hora no chamado “Aditivo”.

Portanto, são dois aumentos de tarifa acima da inflação previstos e que o prefeito, ao que se vê em suas declarações, teve muito prazer em assinar.

Sem falar na legislação que foi totalmente ignorada tanto pelo prefeito quanto pelo governador.

Há muita água pública ainda para correr sob esta ponte.”

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