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COVID-19. Cobertura vacinal ainda é insuficiente, alertam especialistas sobre nova variante do vírus

Dado positivo: adesão à vacina é maior no Brasil que na Europa, diz médico

Epidemiologista prevê uma melhoria em percentual de vacinação de Santa Maria ainda em dezembro (Foto Reprodução)

Por Fritz R. Nunes (com informações do Boletim da Fiocruz) / Da Assessoria de Imprensa da Sedufsm

“Ainda é muito cedo para sabermos quais as características da nova variante do novo coronavírus, a ômicron, em termos de proteção vacinal e transmissão. E são essas as características que podem fazer a gente mudar a estratégia de combate à pandemia.” O comentário é do médico epidemiologista e professor da UFSM, Marcos Lobato. Em meio a essa incerteza, a estratégia é manter os cuidados, como o uso da máscara, e acelerar a vacinação, destaca ele.

Segundo Lobato, o Brasil ainda não está numa cobertura vacinal ideal, que significaria um percentual da população com 90% de imunização completa. Porém, na visão do médico, o fato positivo é que, em nosso país, pesquisas mostram que a aceitação à vacinação alcança 90%, enquanto na Europa, a resistência tem sido maior, levando a que o índice de vacinados bata no teto. O especialista pondera que, naquele continente, os problemas com a doença já vinham crescendo antes mesmo da ômicron, ainda sob efeito da delta.

No caso de Santa Maria, Lobato ressalta que o percentual de vacinados ainda é insuficiente, ficando abaixo de 80%. No entanto, ele demonstra otimismo na medida em que a população mais jovem, ou seja, os que têm entre 15 e 20 anos, ainda estão no período para realizar a segunda dose. Sendo assim, a maioria poderá completar o esquema vacinal ainda em dezembro, o que melhoraria o cenário, jogando para uma cobertura próxima de 90% no município.

Fiocruz enfatiza importância do passaporte vacinal

A Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), em seu boletim divulgado na sexta passada (26/11), alertou para a importância de manutenção dos cuidados durante as comemorações de final de ano e das festas de verão. Pesquisadores (as) recomendam cautela e o monitoramento de quaisquer possíveis sinais de recrudescimento da Covid-19.

Ressaltam também a necessidade de continuar avançando com a vacinação (primeira e segunda doses, e o reforço vacinal). E ainda defendem medidas como a exigência de imunização contra Covid-19 para entrada no Brasil (como recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa), o uso de passaporte de vacinas em locais públicos e o controle da situação vacinal e a testagem de viajantes no país.

Apesar da queda dos indicadores de transmissão da Covid-19, os (as) cientistas do Observatório da Fiocruz, destacam que é fundamental manter o uso de máscara em ambientes abertos com aglomeração, ambientes públicos fechados e mesmo em ambientes privados fechados em circunstâncias que reúnam pessoas que não coabitam, especialmente os indivíduos de grupos vulneráveis. 

Diz o Boletim da Fiocruz que “é importante reforçar a atenção com os níveis de transmissão devido à proximidade da temporada de festas e férias, quando pode haver decisões relevantes quanto à flexibilização de algumas medidas que, equivocadamente, poderiam estar apoiadas em dados de notificação com atrasos ou sujeitos a represamento e/ou não disponibilizados de modo oportuno”, afirmam pesquisadores/as.

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