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ELEIÇÕES 2022. No PL, os insatisfeitos devem abrir espaço para aliados de Bolsonaro. Em SM, tudo OK!

Sigla deverá perder deputados não-bolsonaristas. Mas haverá compensação

Em alguns estados, PL enfrenta dificuldade ao ter que abandonar alianças com esquerda e desafetos de Bolsonaro (foto Reprodução)

Do site do Correio do Povo / Com informações do Portal R7 e ACRÉSCIMO CLAUDEMIRIANO

A “carta branca” que Valdemar Costa Neto recebeu do PL para negociar a filiação do presidente Jair Bolsonaro fez com que o presidente do partido deixasse claro que a legenda não pode fazer alianças com nenhum adversário do chefe do Executivo em 2022. A decisão não agradou a alguns diretórios estaduais do PL, em especial no Nordeste e no Norte, onde a sigla faz parte da base do governo de estados comandados por partidos que são de esquerda ou fazem oposição a Bolsonaro.

Com isso, o PL já se prepara para a saída de alguns filiados. A debandada, no entanto, pode ser compensada por aliados de Bolsonaro que estão hoje em outras partidos, especialmente o PSL. 

Em Alagoas, o presidente estadual do PL, Maurício Quintella, já anunciou que não vai permanecer na legenda. Ele é secretário de Infraestrutura do estado, que tem como governador Renan Filho (MDB), filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que foi o relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid-19.

O deputado federal Sérgio Toledo (PL-AL) deve assumir o comando do diretório alagoano. Ele lamenta a saída de Quintella, mas admite que seria difícil a sua permanência em razão do apoio a um governo que não compactua com Bolsonaro. Além disso, segundo Toledo, como políticos bolsonaristas que não fazem parte do PL já manifestaram a vontade de ingressar no partido em razão da filiação do presidente da República, era inevitável a troca na direção do PL em Alagoas.

“Ainda tem muita coisa que precisa ser discutida com o diretório nacional. Mas quanto à questão do candidato à Presidência da República do PL, se o partido fechar questão de que tem que apoiar o Bolsonaro, todos os diretórios estaduais têm por obrigação seguir a orientação do comando a nível federal”, frisou o deputado.

A tendência é de que mais insatisfeitos com a chegada de Bolsonaro deixem o PL para que os apoiadores do presidente tenham espaço no partido. No Piauí, o governador Wellington Dias (PT) tem o PL na sua base, o que deixa, por exemplo, o deputado federal Capitão Fábio Abreu (PI) em uma situação difícil, sendo um dos nomes cotados a deixar a legenda. Há, ainda, o deputado Fernando Rodolfo (PE), contrário a Bolsonaro e de um estado governado pelo PSB de Paulo Câmara.

Outra provável saída é a do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), que é declaradamente contrário à gestão do chefe do Executivo. O diretório amazonense do partido já anunciou que fará palanque para Bolsonaro, o que não agrada o deputado.

“Sou um membro da família PL, mas não sou o dono da casa. Ainda terei uma conversa com o presidente Valdemar Costa Neto, mas a minha permanência é muito difícil”, afirma Ramos. Segundo ele, o partido faz uma aposta muito arriscada ao se adequar aos interesses de Bolsonaro. “Estão achando que ele será uma boia, mas acho que Bolsonaro será uma âncora. Só o tempo vai dizer se essa foi a decisão mais correta…”

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ACRÉSCIMO CLAUDEMIRIANO: em Santa Maria, não há notícia de dissenso no PL, fato que é facilitado pela circunstância de que a sigla não tem vereador. Terá agora, com a chegada de Manoel Badke, do DEM – partido que também acrescentará à agremiação liberal os secretários de município Ewerton Falk, Marco Antônio Mascarenhas e Rodrigo Menna Barreto.

No interior do PL, o máximo que poderá acontecer é os não-bolsonaristas, se não sairem do partido, se calarem. E se submeterem à situação nova.

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