Tragédia

KISS. Shows pirotécnicos eram comuns nas casas noturnas de Santa Maria, disse ex-dono da Ballare

Último depoimento do dia foi de Nilvo José Dornelles, ex-concorrente da Kiss

Ex-dono da Ballare, Dornelles afirmou que shows pirotécnicos eram comuns nas casas noturnas da cidade (Foto Juliano Verardi/TJRS)

Por Janine Souza / Da Coordenadoria de Comunicação do Tribunal de Justiça do RS

Ex-proprietário de uma boate de Santa Maria, a Ballare, Nilvo José Dornelles foi a última testemunha ouvida nesta terça-feira (7/12). Este foi um dos dias mais longos de trabalho, tendo se iniciado às 9h e se encerrado às 22h20min. Segundo o empresário, era normal o uso de pirotecnia nos shows das bandas. “Era conhecido por todo mundo”, afirmou. “Não era a Gurizada (Fandangueira), eram várias bandas”. Ele confirmou que isso ocorria também no seu estabelecimento.

O público-alvo da Ballare era universitário, o mesmo da Boate Kiss. As duas casas noturnas, na avaliação dele, eram do mesmo tamanho. Mas, “em termos de sofisticação, a Kiss era bem melhor”.

O uso dos artefatos pirotécnicos era o ponto alto das apresentações musicais. A contratação da Gurizada Fandangueira era negociada com o gaiteiro, Danilo (falecido no incêndio). O empresário informou que não era avisado às bandas as condições estruturais da casa. “Eu tinha medo, mas o meu barman me mostrou que era seguro”, disse o empresário, respondendo ao questionamento quanto às precauções ele tomava para fazer uso dos recursos pirotécnicos.

“Perdi vários amigos, mas vou dizer a verdade. Se ele tivesse caído, ficado doente e não tivesse ido à festa naquele dia, teria acontecido a tragédia da mesma forma”, afirmou a testemunha, referindo-se ao produtor musical Luciano Bonilha Leão.

Dornelles disse que apenas uma vez comprou artefatos pirotécnicos na loja Kaboom (onde foi adquirido o artefato usado no show pela banda). “Nunca disseram nada. Comprava, pagava e levava”, disse Dornelles, ressaltando que o procedimento era adotado também por outras lojas do ramo da cidade.

O empresário disse que chegou a ter o estabelecimento fechado por 4 meses em 2010. Também tinha problemas de vazamento acústico com um vizinho e revelou que instalou espumas nos exaustores. “Um advogado me falou que havia uma espuma barata para colocar, se não resolvesse o problema”.

Amanhã, a partir das 9 horas, devem ser ouvidos o ex-prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer (testemunha/Kiko), o Promotor de Justiça Ricardo Lozza (testemunha/Kiko), o publicitário Fernando Bergoli (testemunha/Mauro) e Geandro Kleber de Vargas Guedes (testemunha/Mauro), que trabalhava na administração de uma empresa de distribuição de bebidas.

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