COLUNA OBSERVATÓRIO. Um campus dividido na UFSM e aulas que tomarão conta do próximo verão
Greve de quase dois meses dos docentes da UFSM: aulas no verão
Imaginando-se que o movimento paredista possa encerrar nesta semana, as aulas na UFSM terão sido, em boa parte dos cursos, paralisadas por praticamente dois meses. Se houver a recuperação antes de iniciado efetivamente o segundo semestre (o mais provável), mesmo que só nos cursos totalmente em greve, é certo que as aulas avançarão pelo verão – até fevereiro, quem sabe.
Essa, porém, nessas alturas, parece ser discussão menor, embora importante. Há, e as redes sociais e blogues de internet diagnosticam, intenso debate, e que denota clara divisão dos professores. Ainda que a liderança sindical (respaldada pelas assembleias, presume-se) alardeie vitória, o fato é que o governo não deu a mínima para o Andes, entidade nacional da categoria e que tem na Sedufsm seu braço em Santa Maria. Mais: fechou acordo com o outro sindicato (que representa bem menos instituições) e mandou projeto para o Congresso. Esse é o resultado objetivo.
O que fica, de tudo isso, é a divisão docentes. Se for pelas duas últimas assembleias, meio a meio. Mas, e entre os outros 1,4 mil que não participaram? Aí se percebe um nítido desconforto com a situação. E que aponta para consequências futuras ainda indeterminadas. Mas sugerem um esvaziamento da luta política sindical. Exceto, claro, a dos militantes.
Isso é bom? Claro que não. A discussão é importante, fundamental. Mas quem planta, colhe. Mesmo que o produto seja deteriorado. Se me entendem. Ah, atenção: o colunista não entra no mérito, apenas registra. Ponto.
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