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OPINIÃO. Saiba o que o editor deste sítio pensa sobre a “CPI do Idort” e a “CPI do Tubias”

Pela óbvia importância e, creio, relevância, reproduzo a seguir nota que publiquei logo depois das 9 da noite de ontem:

 

 

 

“Este é um momento particularmente tenso da política local. É o que penso. Imagino que isso decorra, entre várias outras razões, pelo equilíbrio que se prenuncia no confronto eleitoral de outubro. Pode ser. Pode não ser. Mas a tensão é óbvia. E como a disputa política minimamente articulada não se fez na Câmara de Vereadores, se buscam outros métodos para ferir o adversário. E não se está, nesse momento, fazendo juízo de valor. É assim que foi ao longo dos últimos quatro (tristes, para quem gosta do debate) anos. Ninguém precisa concordar – mas essa é a forma como vejo a pobre legislatura que nós (sim, nós, não os ETs) escolhemos. Sei, sei, sei. Há bons parlamentares, claro que há. E não são um ou dois ou três – mas eles foram sufragados pela mediocridade geral. O que é uma pena.

 

Feita essa peroração, vamos aos fatos. Um deles: recebi e-mail da assessoria do vereador Tubias Calil (o próprio já disse que não me lê – mas pode, e nesse caso saúdo, e agradeço, ter mudado de idéia). Na correspondência eletrônica, Calil (por sua assessoria) reproduz as explicações dadas aos vereadores, na sessão desta terça-feira, sobre nota publicada pela colega Yara Lemos, em sua coluna Aparte, no Diário de Santa Maria, na última quinta-feira, e repicadas na sessão passada do Legislativo. Os detalhes do e-mail, e do que disse o vereador, nesta terça, se o leitor quiser conhecer, podem ser encontrados no noticiário do Legislativo (clique aqui).

 

Por conta do que escreveu a jornalista (reproduzindo denúncia do Ministério Público Federal acerca da Fraude do Detran), um grupo de edis propôs (e deverá ser instalada na próxima quinta) uma Comissão Parlamentar de Inquérito. E o vereador replicou requerendo instalação de processo disciplinar contra dois de seus colegas.

 

A propósito, confira notícia distribuída pela Assessoria de Imprensa da Câmara:

 

“Aceita CPI e encaminhadas aberturas de processo disciplinar contra vereadores

 

A presidência da Câmara recebeu requerimento assinado pela vereadora Anita Costa Beber, assinada por mais quatro vereadores, solicitando formação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suposto envolvimento do vereador Tubias Calil com os réus da Operação Rodin. Os integrantes da CPI serão indicados pelos líderes de bancada na sessão de quinta-feira. No requerimento, a vereadora cita a reportagem de jornal onde é mencionada carta encaminhada por Rubem Hoher a Ferdinando Fernandes, réus no processo. Na carta, Rubem Hoher afirma que o “vereador Tubias já entrou no circuito”. Além de Anita Costa Beber, assinaram o requerimento os vereadores Luiz Carlos Fort, Loreni Maciel, Jorge Trindade e Ovídio Mayer.

 

O vereador Tubias Calil apresentou dois requerimentos, solicitando instalação de processo disciplinar contra os vereadores Anita Costa Beber e Loreni Maciel pelo descumprimento de artigos do Código de Ética Parlamentar. Os requerimentos serão encaminhados à Comissão Constituição e Justiça e Ética e Decoro Parlamentar.”

 

Agora, a MINHA OPINIÃO acerca de tudo isso. É exatamente a mesma que tive quando o vereador Tubias Calil propôs (e virou presidente) a CPI do Idort. Exaaaatamente a mesma. E está, penso, muito bem explicadinha em nota que publiquei na coluna Observatório, que assino no jornal A Razão, publicada em 19 de abril e reproduzida aqui mesmo na manhã do mesmo dia. Vou repeti-la agora, na íntegra. Confira:

 

“Coluna Observatório. “Um olho posto na comissão de inquérito, outro na campanha eleitoral”

 

É absolutamente legítimo que o vereador de oposição, Tubias Calil, queira apurar eventuais irregularidades cometidas pelo prefeito. Mesmo que o fato tenha acontecido ainda no primeiro mandato e em um tempo em que o edil era só um militante dedicado do PMDB. É essa mesma a função do vereador. E já foi exercida, então, por Paulo Denardin, do PP, que também questionou o contrato com o Idort e, por conta disso, liderou comissão especial na Câmara.

 

Aliás, o resultado foi enviado ao Ministério Público, que não levou adiante, por entender não ter havido ilegalidade. Mas é legítimo que se retome o caso, se houver novas dúvidas. Seria, enfim, leviano condenar o vereador por buscar o esclarecimento.

 

Em contrapartida, também não é dado a ninguém o direito à ingenuidade. Afinal, há uma eleição logo ali, e que tende a ser muito acirrada. Logo, viria a calhar um eventual desgaste de Valdeci Oliveira, sabidamente um prefeito muito bem avaliado e que será, talvez, o grande eleitor doe pleito.

Legitimidade sim, ingenuidade não. Que não se exija isso, por favor. “

 

 

POR FIM: deu pra entender? Imagino que sim. Pois é a minha opinião. Sem tirar nem por. A mesma de mês e meio atrás. Só com os sinais invertidos.

 

 

SUGESTÃO ADICIONAL DE LEITURA – Para saber o que penso das CPIs formadas nos últimos tempos, confira a nota “Luta política. CPI objetiva desgastar governo. Vale para Brasília, Porto Alegre e Santa Maria”, que publiquei na manhã de 18 de abril passado.”

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