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Pesquisa. 8 milhões de eleitores foram aliciados para vender seu voto em outubro de 2006

Uma pesquisa de resultados aterradores. É o mínimo que posso dizer do levantamento realizado a pedido da ONG Transparência Brasil, e cujos resultados foram divulgados nesta quarta-feira. Uma das informações, inclusive, já publiquei aqui no início da tarde: mais de 8% dos eleitores admitem ter recebido uma proposta para vender seu voto, no ano passado.

 

Mas há outras informações igualmente relevantes. E apavorantes, para quem defende a democracia representativa. Na própria questão da venda de voto, fica-se sabendo que são exatamente os mais jovens os acossados em maior número para praticar a falcatrua eleitoral. Ou que 4 % dos pesquisados declararam já ter pago propina, para obter algum favor. Isso significa um contingente superior a 4 milhões de brasileiros.

 

Curiosamente, veja só, em relação à geografia, não é no nordeste pobre que a “compra” do voto corre mais solta. É grave o número de eleitores nordestinos que dizem ter sido instados a votar em alguém em troca de algum tipo de favor. Mas no Sul rico, o percentual é 20% maior. São 10% dos eleitores da Bahia pra cima, e 12% do Paraná para baixo.

 

O trabalho, coordenado pelo diretor-executivo da ONG, Cláudio Abramo, mereceu reportagem de praticamente dos os veículos de comunicação.Conheça, aqui, mais detalhes, no texto assinado pelo jornalista Jéferson Ribeiro, e que o portal Terra publica em sua página noticiosa na internet. Confira:

 

“Compra de voto: 8,3 milhões receberam oferta

Uma pesquisa divulgada na manhã desta quarta-feira pela Ong Transparência Brasil aponta que cerca de 8% dos eleitores brasileiros receberam algum tipo de oferta para vender seu voto. Em número de eleitores, isso representa cerca de 8,3 milhões de pessoas. Esse contingente é maior do que a soma de todos os votos depositados nos Estados de Roraima, Amapá, Acre, Tocantins, Rondônia, Sergipe, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Amazonas. A pesquisa ouviu 2002 eleitores em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.

 

 

Segundo o levantamento, as faixas mais vulneráveis de compra de voto não são os mais pobres nem os menos instruídos e sim os mais jovens. Nos eleitores com idade entre 16 e 24 anos, 13% dos pesquisados afirmam que receberam algum tipo de oferta para escolher o candidato. Entre os que tinham 25 e 29 anos, 10% foram aliciados. Já entre os eleitores acima dos 40 anos, essa tentativa de compra de voto fica abaixo dos 6%.

 

Cerca de 4% dos entrevistados disseram ter recebido ofertas em dinheiro vivo. O maior número de registro desse tipo de aliciamento ocorreu no Estado do Paraná, que também é apontado pela pesquisa como a unidade da federação mais vulnerável a ofertas de compra de votos. Outros 4% dos eleitores confirmaram ter recebido como oferta a resolução de problemas em sua comunidade pela administração estadual em troca de voto.

 

A Ong considera que, mesmo que parte das ofertas tenha sido rechaçada, há indícios para afirmar que houve “alteração radical” no resultado das eleições. Segundo os pesquisadores, talvez centenas de deputados estaduais, federais, senadores e até governadores tenham sido eleitos com a facilidade da compra de votos.

 

Em 2002, a mesma pesquisa apontou que apenas aproximadamente 3% dos eleitores teriam recebido oferta para vender seu voto. Nas eleições do ano passado, esse número chegou a 8%. A Transparência Brasil diz ainda que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem sido negligente a…”

 

SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, clique aqui.

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