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AÍ, FICA DIFÍCIL (2). Como defender 21 vagas, se está voltando a orgia das homenagens na Câmara de Vereadores?

Como você leu na nota anterior, logo abaixo, este editor é favorável – e já deu seus motivos – à ampliação do número de cadeiras no Legislativo. Opinião diferente, inclusive, de boa parte dos leitores e de grande parcela da sociedade. No entanto, se torna cada vez mais complicado defender essa posição. Especialmente porque os próprios parlamentares não se cansam de oferecer argumentos no sentido contrário.

Lembram da satisfação do vereador João Carlos Maciel (PMDB), no primeiro ano da Legislatura atual? Por iniciativa dele, que presidia o parlamento, e a parceria dos outros edis, montou-se um projeto que reduzia o número de sessões de homenagens as mais diversas, que fizeram a “alegria” da Legislatura anterior.

Para o gosto deste editor, a redução não foi significativa. Tanto que, tirante os interessados, muito poucos comparecem a essas sessões especiais. Mas, enfim, era melhor que nada. No entanto, veja só o que ocorre agora, no parlamento: está retornando a orgia do festerê sem sentido, exceto o de agradar uns e outros, na vã suposição que isso dá voto.

Um dos protagonistas deste retorno, veja só, é o meeeesmo João Carlos Maciel. Ele é autor do projeto de “Resolução Legislativa” 3794 (confira a íntegra, AQUI). Através dela se institui o “Prêmio Atleta Destaque”, que será homenageado em sessão solene, anualmente, no dia 21 de dezembro. E então, o que dizer disso? Principalmente porque já existem outras premiações, inclusive fora do âmbito oficial, e que têm já respaldo na comunidade. O que se fez há três anos, era ou não sério?

Mas Maciel não está sozinho nessa. Na sessão desta quinta, mesmo, será aprovado o Projeto de Lei 7598 (a íntegra, AQUI), da vereadora Helen Cabral (PT), que concede o título de “Destaque da Construção Civil” à empresa que incentivar e contratar mulheres no município.  Ah, isso significará mais uma solenidade – esta em março, na semana da Mulher, preferencialmente, como indica a parlamentar. Com todo o respeito, é preciso isso? Já não há o reconhecimento também das entidades de classe da categoria?

O diabo é que, pelo que o editor pode apurar, depois que começaram a criar dia disso e dia daquilo, foi uma epidemia, como a que estamos percebendo. E já houve antes, na criação de semana de bairros, algo que nunca virou algo reconhecido. Diante disso, esperemos uma série nova de projetos “homenageantes”. Digamos que criatividade não é artigo fácil pelas bandas da Vale Machado.

EM TEMPO: este editor mantém sua posição favorável às 21 cadeiras, pelas razões já apontadas à exaustão. Mas, confessa: morre de medo do que virá por aí. Se bem que a responsabilidade é do eleitor, em última instância, não?

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4 Comentários

  1. @Carmen Schaurich Pois é o que mais fazem mesmo. É esse tipo de atitude que denigre ainda mais a imagem do legislativo. É nomear rua, é fazer dia disso, dia daquilo. Os culpados pela esse não a criação de mais vagas são os próprios edis. E caso aumentem o número de vagas e o homem alegria do rádio se reeleja, manterás teu cargo, já que eles afirma que diminuirão o número de assessores que ao meu ver acho demais mesmo… Caso não se aumente o numero de vereadores quem sabe eles não diminuam pela metade de uma vez, para fazer mais economia para a cidade.

  2. Manter sua crítica é um direito seu…O fato de termos “organizado uma lei municipal” não nos restringe o direito de não poder designar 01 homenagem….principalmente ao longo de tantos anos de mandato…E uma homenagem mais que bem vinda a nível de parlamento. Quanto a volta “a orgia”….fica a seu critério de avaliação…

  3. Claudemir,
    Por favor releia o texto da Resolução Legislativa 3794 apresentada pelo Ver. João Carlos Maciel, principalmente o Art.6º da mesma. Acatamos tanto a crítica quanto o elogio referente ao trabalho parlamentar. Desde que tenha respaldo na veracidade.
    Att,
    Carmen Schaurich
    Assessora Parlamentar
    (NOTA DO SÍTIO – antes de qualquer coisa, a reprodução do artigo 6°: “A entrega da premiação se dará no 2º e 4º ano das legislaturas.” Dito isto, a leitora tem razão. A premiação não é anual, como o editor equivocadmente escreveu. O que, porém, não muda o conceito da crítica, que é mantida. Afinal, o discurso era de “redução” das homenagens.)

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