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R$ 4 trilhões – por Carlos Costabeber

Será uma proeza quem conseguir avaliar o que sejam R$ 4 trilhões. É um número tão gigantesco, que nenhum brasileiro pode ter a menor ideia. Pois R$ 4 trilhões é o tamanho da dívida interna do Governo Federal. E, para enlouquecer ainda mais, o Brasil paga diariamente R$ 2 bilhões de reais de juros sobre essa dívida.

Para se ter uma pequena dimensão disso, basta dizer que cada brasileirinho que nasce, já nasce “devendo R$ 20.000,00”. Outra comparação: a despesa anual com o Bolsa Família é de R$ 27 bilhões de reais. Parece muito, mas apenas 14 dias de pagamento de juros corresponde a um ano inteiro do Bolsa Familia.

Essa gastança monumental desde 2014, levou a Presidente Dilma a autorizar procedimentos que acabaram ferindo a Lei de Responsabilidade Fiscal, e por consequência, a perder (temporariamente) o seu mandato.

Por isso, a missão do novo governo para reduzir o déficit público, além de ser improvável no curto prazo, levará a mais e mais cortes no orçamento, e à possível volta da temida CPMF. Isso porque o Presidente Temer não correrá o risco de tomar medidas impopulares, enquanto durar a sua interinidade. Podem escrever !

Mas um outro dado me deixou chocado. É o chamado “bolsa empresário”, que representa incríveis R$ 270 bilhões em benefícios fiscais concedidos a empresas. Um valor 10 vezes superior ao do Bolsa Família e mais do que o dobro do déficit primário do governo.  É um valor descomunal, com subsídios, desonerações e regimes tributários diferenciados para toda sorte de setores.

O novo Governo certamente fará uma avaliação efetiva e profunda desses custos e benefícios fiscais, pois ninguém consegue avaliar se esse enorme volume de recursos retorna, na mesma proporção, para a sociedade e para a economia. É o caso da Zona Franca de Manaus, que consome R$ 23 bilhões, simplesmente para colocar em televisores, celulares e computadores importados, o selo de “Produzido na Zona Franca de Manaus”. Realmente, “é tudo uma zona, mesmo”.

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