ELEIÇÕES 2022. Dias decisivos para dois grandões gaúchos. Tucanos e emedebistas em ebulição

Por Claudemir Pereira / Editor do Site

Nas últimas horas (ou nos dois dias mais recentes ao menos) há quem diga ter se fortalecido a ideia de que, afinal, o governador Eduardo Leite não mais sairá do PSDB, como tem se anunciado há pelo menos mês e meio. É isso mesmo? Será? E o que ele fará, afinal?

Também nos momentos mais próximos, a ebulição se nota também, e muito forte, no lado emedebista, às vésperas da reunião do Diretório Estadual que definirá (acredita?) quem é o pré-candidato do partido ao Palácio Piratini em outubro.

Enfim, dois grandões gaúchos vivem instantes de franca e intensa efervescência, com dias contados para decisões que vão impactar na vida dos dois partidos que, inclusive, quem sabe, lá na frente estarão juntos.

No caso do tucanato, tudo está nas mãos e na mente do governador e sua estratégia. Sim, ele quer ser candidato a Presidente da República. Poderá ser, se filiar-se ao PSD. Mas gostaria de ser pelo atual partido, no qual se fez ao longo dos últimos 20 anos.

Para concorrer ao Planalto, Leite precisa cumprir duas tarefas: renunciar ao governo gaúcho (o que não precisaria, se disputasse a reeleição) e estar filiado a um partido. No PSD. Ou no PSDB. Ele tem até 1º de abril para decidir. Consta que anunciará antes, talvez nesta sexta-feira, 25.

Já em relação ao MDB, o quadro, ainda que conflitivo, parece mais claro, a quem está de fora. Sim, os ditos históricos (que tem grande, mas em queda, influência) não queriam o deputado federal Alceu Moreira candidato e agora não querem o estadual Gabriel Souza, o que, aparentemente, é favorito a levar a indicação para concorrer, se a decisão for mesmo do Diretório, instância que se reúne domingo.

E estão fazendo tudo para adiar ao máximo, tentando sabe-se lá o que exatamente – ainda que existam quadros nitidamente bolsonaristas, interessados mesmo é em embarcar numa das canoas do presidente no Estado, Onyx Lorenzoni (PL) ou Luiz Carlos Heinze.

Também acalentam, ou sonham, ou apresentam (e ele, aparentemente, não refuta) Cezar Schirmer como sugestão de candidato. E agora, como vai ficar, nesse caldeirão que tem tudo para esfacelar o emedebismo gaúcho? Bueno…

PALPITE CLAUDEMIRIANO. O editor não tem o hábito de ficar em cima do muro. E não é o caso agora. O que vai acontecer com o MDB e o PSDB ou vice-versa? Confira aqui uma sensação, e não é nada além disso:

1) Eduardo Leite se encaminha cada vez mais para renunciar ao Palácio Piratini, mantendo-se elegível a qualquer cargo, inclusive a Presidente da República. Mas não sairá do PSDB.

2) Contrariando seus casmurros, o diretório do MDB chancelará domingo Gabriel Souza como pré-candidato ao Piratini, mesmo que Schirmer se inscreva, da mesma forma que Moreira. Mas isso não significa que ele será candidato. Os ditos históricos ainda não desistirão.

A conferir.