Inflação. Na boca do monte, preços sobem mais que média nacional, no primeiro semestre
Em junho, a inflação de Santa Maria foi de 0,19% – conforme os números apurados pelo Índice do Custo de Vida apurado pelo Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão do curso de Economia da Unifra – sob a coordenação geral do professor José Maria Pereira. Essa informação você recebeu, com primazia, no início da noite desta sexta-feira, aqui mesmo.
No mesmo junho, o levantamento sobre inflação feito pelo IBGE, como você leu na nota imediatamente anterior a esta, o índice foi de 0,28%. Portanto, no mês passado, os preços médios nacionais se elevaram mais do que na boca do monte. A situação se inverte, porém, em prejuízo aos santa-marienses, se considerados os primeiros seis meses do ano.
Enquanto o Brasil, de acordo com o IBGE, experimentou uma inflação de 2,08%, na boca do monte os preços se elevaram em 2,95%. Isso significa, tomados apenas esses percentuais, que em Santa Maria o custo de vida ficou quase 50% mais caro do que no país inteiro. Ainda que, convenhamos, o índice seja bastante baixo – se compararmos a épocas nem tão remotas assim.
No relatório preliminar divulgado pelo NEPE (confira a sugestão de leitura, ao final deste texto) há uma análise bastante interessante acerca do comportamento dos preços de bens e serviços em Santa Maria, e a previsão para o restante do ano.
Por exemplo, se os números e índices se assemelharem aos ocorridos no segundo semestre de 2006, (quando constatou-se elevação maior do que nos primeiros seis meses do ano) e a evolução de preços continuar no mesmo ritmo, a inflação santa-mariense será inferior a anualizada de hoje, 5,5%. Mas não muito. De acordo com o texto elaborado pelo NEPE é possível concluir, no entanto, que a inflação de 2007, na boca do monte, será maior do que a de 2006, quando ficou em torno de 3%.
Avançando um pouquinho mais, os professores que elaboram o Boletim do ICVSM, mostram que os grandes vilões do acréscimo de preço em Santa Maria, no primeiro semestre, estão concentrados nos setores de Alimentação e Vestuário. O primeiro teve aumento acumulado de 7,71%. E o segundo ainda mais, 12,4%.
Em contrapartida, o grupo de produtos e serviços de Transporte (que inclui os combustíveis, por exemplo), apresentaram queda acumulada de 2,03%. Os itens relacionados no grupo de Comunicação (celular entre eles) caíram mais: 3,16%.
De qualquer sorte, e resumindo, é possível dizer que – pelo menos em 2007, que é o universo temporal da pesquisa feita mensalmente pelo NEPE – a inflação santa-mariense é maior que a nacional. E não é pouca coisa, como os números baixos fazem supor. Numa economia estável, um ponto percentual é muito. Oh, se é.
SUGESTÃO DE LEITURA – Clique aqui, para acessar todo o boletim do ICVSM produzido pela equipe do NEPE/Unifra. Lá você encontrará tabelas, figuras, números e muita análise, que permitirá entender melhor a evolução dos preços em Santa Maria.
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