Os desafios da nova direção do Hospital Universitário

Provavelmente no dia 24, assume a nova direção do HUSM. Eleito por professores, servidores e alunos, no pleito do meio desta semana, o médico Jorge Freire deve ter seu nome homologado pelo reitor Clóvis Lima
Na edição deste final de semana, do jornal A Razão, há uma entrevista com a atual diretora-geral, Elaine Resener, e com o futuro, Jorge Freire, em que eles expõem os desafios e possibilidades que cercam o Hospital Universitário. Leia você mesmo o texto assinado pelo repórter Marcos Jorge:

“Problemas do HUSM em novas mãos
Nova diretoria irá enfrentar desafios como superlotação do pronto socorro, falta de equipamentos e profissionais
O Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM) tem nova diretoria e agora restam grandes desafios à nova gestão. Quem tomará posse no lugar de Elaine Resener, na direção geral do hospital é o médico Jorge Freire, eleito pela chapa Renovação. De acordo com a atual diretora geral do HUSM, Elaine Resener, o maior desafio a ser enfrentado pela nova gestão está na falta de recursos humanos, no número insuficiente de leitos e na superlotação do pronto-socorro, onde conseqüentemente faltam leitos e há uma longa fila de espera pelo atendimento.
“Hoje tem 260 leitos abertos e teriam 335 se houvesse pessoal. Já fizemos um dimensionamento sobre essa situação e encaminhamos ao Ministério, mas lá parece que há uma política de não reposição. Esse problema afeta não apenas o HUSM, mas todos os 45 hospitais universitários do país”, informa.
Ela ainda relata que outro grande problema é questão dos equipamentos para o pronto socorro e a abertura da sala cirúrgica. “São quatro salas cirúrgicas que estão prontas, mas continuam paradas, pois não há equipamentos. Faltam ainda investimentos em leitos de adultos e Neo Natal, além de equipamentos para radioterapia. Hoje estamos transportando pacientes para Ijuí para fazer radioterapia, pois ainda precisamos modernizar nosso setor com o acelerador linear.”, conta…
“Durante as visitas que fizemos pudemos perceber que nos 24 leitos haviam 52 pessoas. Tenho percebido que diversos hospitais da região tem sido fechados por falta de infra-estrutura. Isso afeta diretamente a nossa base, já que os pacientes ao invés de ir para esses locais eles acabam vindo para cá. O que podemos fazer para evitar isso é fortalecer esses hospitais dando suporte, levando equipamentos e pessoal, suprindo diretamente às necessidades para que eles não fechem as portas. Com isso, passaríamos a atender dessas localidades apenas os pacientes de alta complexidade”, planeja o médico Jorge Freire.
Segundo Freire, primeiramente será realizado um trabalho específico fazendo um raio X em cada setor, buscando um diagnóstico que procure solucionar as principais carências do hospital. “Só depois disso podemos propor alguns projetos”, completa. Mas já adianta que pretende encaminhar um projeto à Brasília para ampliar o número de concursados e com isso ampliar o número de profissionais.
O novo diretor geral também adiantou que irá realizar uma ouvidoria interna, a modelo da ouvidoria externa que já existe. Segundo ele o objetivo é criar um canal para ouvir todos os profissionais ligados ao hospital e tentar assim solucionar possíveis problemas internos. “São 1.400 funcionários aproximadamente em múltiplos setores e queremos ouví-los”, ressalta. Freire também identificou mais uma deficiência exigida pelos próprios funcionários…

QUEM DESEJAR conhecer a íntegra da reportagem, pode fazê-lo na edição impressa ou através do site do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br.