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Reforma (2). Dúvidas do leitor, claramente contra a proposta de listas – fechada ou flexível

A propósito da reforma política, ora em discussão na Câmara dos Deputados, e especialmente sobre o sistema de votação em listas, nos pleitos proporcionais, recebi correspondência eletrônica, assinada pelo leitor Rogério Ferraz. Confira o texto e, embaixo, as respostas solicitadas:

 

“Claudemir,

 

Se tu souber, por favor me esclareça:

1-Qual o critério para a escolha da ordem dos nomes dentro dos partidos?

2-Qual a motivação que os últimos da fila terão para fazer campanha? (aliás, nem precisarão ser os últimos, em muitos partidos, o segundo já corre perigo) Claro que aqui, se pode dizer que isto é justamente para fortalecer o partido. Mas…

3-Cadê o espaço para a tão almejada renovação?

4- Faça um levantamento, na atual legislatura, se já existisse esta regra, quais vereadores estariam lá?

5- Pegue os casos dos campeões de votos da última eleição. Quantos deles estariam entre os primeiros da lista em seus partidos? Alguns certamente. Mas não todos.

 

Abraço

 

(a) Rogério Ferraz

 

RESPOSTA CLAUDEMIRIANA: Na verdade, para a questão número 4 é impossível oferecer uma resposta, pois a conjuntura era completamente diversa, no momento em que os partidos escolheram seus candidatos, no pleito passado. Inclusive porque não se pode saber como as siglas se comportariam diante do fato (que a reforma está prevendo) de não haver coligação para o pleito proporcional.

 

Com relação aos demais, amigo Rogério (e demais interessados) tudo vai depender dos partidos. E esse é o mérito da reforma, como já afirmei aqui. São as agremiações políticas que serão reforçadas. Elas têm defeitos? Muitos. Caciques? Com certeza. Mas a disputa política interna será intensificada, de forma a que a convivência partidária se imponha, com os critérios estabelecidos pela maioria dos filiados. Você não tem maioria? Lute por ela. É da democracia.

 

Como também creio que só teremos democracia forte com partidos fortes. E eles só serão fortes se o eleitor votar nele, e não nas pessoas.

 

Sei, obviamente, que nem todo mundo concorda comigo. Tenho até a impressão que a maior parte não concorda. Mas, e essa é a minha convicção, não estamos construindo um país democrático para esta geração, senão que para esta e as próximas.

 

Não sei se satisfiz aos leitores. Mas é o que penso. E o que escrevo.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – para saber especificamente o que penso de outra proposta, cuja tramitação ainda é incerta, a que trata do fim do instituto da reeleição e a reinstauração do mandato de cinco anos para o Presidente da República, leia a  nota  que publiquei em 14 de abril passado.

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