ELEIÇÕES 2022. Jobim desafia os políticos para que abram mão do dinheiro disponível no Fundo Eleitoral
Pré-candidato do Novo reafirma que não vai usar verba pública na campanha
Por Marcelo Martins / Da Assessoria de Imprensa do Partido Novo
Signatário da cartilha do partido Novo, que não faz uso do dinheiro público para campanhas eleitorais, o pré-candidato ao governo do Estado Ricardo Jobim divulga, nesta quarta-feira, em suas redes sociais um vídeo que afirma que não usará dinheiro público para campanha, um dos princípios norteadores da sigla.
A exemplo do também pré-candidato à presidência da República Felipe D’Ávila, do Novo, Jobim, que é advogado e empresário, entende ser necessário reforçar o compromisso de respeito ao dinheiro do contribuinte. Até porque como pré-candidato ao Piratini, ele defende a bandeira de dar exemplo tanto da parte dos mandatários quanto por aqueles que queiram ingressar na vida pública.
VIA ÚNICA
Frente ao cenário eleitoral que vai se colocando, com nomes já postos e outros devidamente colocados ao pleito de outubro, Ricardo Jobim sugere que políticos como Beto Albuquerque (PSB), Edegar Pretto (PT), Eduardo Leite ou Ranolfo Vieira Júnior (PSDB), Gabriel Souza (MDB), Luis Carlos Heinze (Progressistas), Onyx Lorenzoni (PL), Pedro Ruas (PSol), Roberto Argenta (PSC), Vieira da Cunha (PDT) sigam o exemplo do Novo de tornar a eleição menos onerosa ao contribuinte e, por tabela, mais justa.
“Nós, do Novo, ao contrário dos demais pré-candidatos, não utilizaremos R$ 1 do dinheiro do pagador de impostos. Já os demais terão suas campanhas pagas por todos da sociedade. Eles poderiam, se assim entenderem, fazer o mesmo”, afirma Jobim.
A iniciativa de Jobim integra um movimento nacional do Novo que, na última terça-feira, comunicou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a devolução do montante de R$ 87,5 milhões, que o partido poderia utilizar conforme as regras do Fundo Eleitoral. O recurso, agora, retorna ao Tesouro Nacional e ficará à disposição da União.
Confira o video do pré-candidato
Jobim abrirá mão de aparecer no horário eleitoral “gratuito”? Como as emissoras são remuneradas pelo espaço, vai dinheiro público para a campanha se o candidato simplesmente aparecer na televisão ou falar no rádio.
Explicação da CNN sobre esse assunto:
O horário eleitoral é gratuito mesmo?
Mais ou menos. É gratuito para os candidatos e partidos e gratuito para o eleitor ter acesso. No entanto, o governo brasileiro, indiretamente, “compra” as faixas de tempo das emissoras de TV e rádio que exibem o programa e as inserções.
O que ocorre na prática é um desconto do valor que as empresas pagam de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) ao governo.
O valor é calculado a partir de uma fórmula que leva em conta os preços que as emissoras de TV cobram do mercado publicitário para a exibição de anúncios.
Esse “pagamento” é feito através de abatimentos do valor de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) pago.
Nas últimas eleições municipais, em 2016, o valor chegou a uma perda de arrecadação de R$ 576 milhões para os cofres públicos.