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EDUCAÇÃO. Comoção na Unisinos. Universidade termina com 12 programas de pós de uma só vez

Explicação da reitoria para corte: ‘promover equilíbrio financeiro da instituição’

Unisinos tem como lema a combinação de teoria e prática para formação integral. E agora? Em protesto pelas últimas decisões, comunidade acadêmica da instituição prepara um ato para a próxima terça-feira. 26 (Imagens de Reprodução)

Reproduzido do G1 RS, o portal de notícias das Organizações Globo

A Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) anunciou o fechamento de 12 Programas de Pós-Graduação (PPG). A decisão começou a circular em grupos de mensagens na quinta-feira (21), e deixou a comunidade acadêmica perplexa. Nesta sexta (22), a universidade confirmou, por meio de nota, que adota medidas para a “desativação de uma parte de seus programas” em razão da crise.

São eles:

Arquitetura

Biologia

Ciências contábeis

Ciências Sociais

Comunicação

Economia

Enfermagem

Engenharia mecânica

Geologia

História

Linguística aplicada

Psicologia

“Houve significativa redução do número de matrículas, resultado da crise econômica do país, da redução expressiva de financiamento público para o ensino superior e da pandemia. Para promover o equilíbrio financeiro da instituição e sua preparação para crescer de forma sustentável nos próximos anos, a Unisinos está adotando algumas ações que envolvem o início do processo de desativação de uma parte de seus programas de pós-graduação”, informa a nota.

A Unisinos destaca, entretanto, que os alunos dos programas que forem descontinuados não serão prejudicados, e que será garantida aos estudantes a continuidade do curso até a conclusão. Segundo a universidade, serão mantidos outros 14 programas de pós-graduação.

Comunidade acadêmica surpresa

Alunos e professores do cursos receberam a informação com apreensão e surpresa:

“Ninguém dos alunos sabia, não foi gradual. Foi [uma decisão] radical, são vários programas descontinuados”, desabafa o aluno de doutorado em Comunicação Guilherme Miorando. Ele conta que acabou de passar pela qualificação, processo que acontece na metade do curso de quatro ano, e já tem bolsa de pesquisa prevista para a Alemanha.

Ao longo desta sexta, foram muitas manifestações sobre o fechamento das formações. A Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) destacou que o PPG em Ciências da Comunicação da Unisinos, do qual Guilherme é aluno, “é um dos três programas nota 6 CAPES e uma referência histórica para a pesquisa em Comunicação no Brasil.”

A escritora e acadêmica Rosana Pinheiro Machado se manifestou pelo Twitter: “É devastador o que está acontecendo na Unisinos.” Representações de discentes dos cursos estão se organizando para debater o encerramento dos cursos e um ato de “Luto pela ciência” está marcado para a próxima terça-feira no campus de São Leopoldo.

Cenário compartilhado

O cenário de redução de investimentos e cortes de recursos na pesquisa e pós-graduação também afeta a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS). A universidade teve demissões recentes no seu quadro de professores, mas afirma que não haverá fechamento como na Unisinos.

Entre as alternativas buscadas pela universidade está a “intensificação da interdisciplinaridade e transversalidade de seus programas de pós-graduação, ampliando compartilhamento e aproximando áreas afins”, informou a PUCRS por meio de nota.

Sobre demissões, a universidade diz que elas são pontuais. “Iniciamos um processo de integração dos pesquisadores buscando maior compartilhamento entre os programas.”

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2 Comentários

  1. ‘“intensificação da interdisciplinaridade e transversalidade de seus programas de pós-graduação’, ‘processo de integração dos pesquisadores’, ou seja, quem tiver curriculo vai lecionar/orientar em mais de um programa. Numa empresa normal ‘quem ficou vai ter que trabalhar mais’. No elenco de um time de futebol durante a reformulação do plantel ‘fulano joga de zagueiro e de lateral, beltrano joga no meio campo e no ataque, estes ficam’.

  2. Quantidade de cascata é imensuravel. Primeiro: Programa de pesquisa em comunicação só serve para formar mais pesquisadores em comunicação que só produzem criticas que serão lidas dentro da bolha academica (citando um monte de ‘filosofos’secundarios). Alguns dos demitidos já juntaram horas-aula frente a aluno suficiente para tentar uma boquinha numa IFES. Obviamente só é ‘ciencia’ no nome. Questão ideologica, qualquer um pode ser qualquer coisa, ‘é tudo convenção social’. Ou seja, resolve problemas dos individuos e não tem retorno para a sociedade. Há o debate do diploma de doutor(a) de gaveta também, criatura passa no concurso de uma federal e nunca mais pesquisa coisa nenhuma. Há o debate de quantos programas de pos-graduação a sociedade brasileira precisa em direito, ciencias contabeis, arquitetura, historia, etc. Alás, a unica ciencia da lista é biologia, o resto é aplicação. Alás, existe um negocio chamado curva demografica que vai bater nas universidades (já foi comentado tempos atras), pouca clientela para os cursos.

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