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Cultura negra e o gauchismo – por João Luiz Vargas

O livro de Liliana Cardoso e a presença dos negros na história do Rio Grande

Estou lendo uma obra escrita e organizada pela tradicionalista, apresentadora, declamadora, radialista e uma figura extremamente importante no cenário gaúcho: Liliana Cardoso.

Obra essa que nos dá a oportunidade de divulgarmos e tentar diminuir aquilo que ainda existe de dificuldades na concepção do desenvolvimento que tivemos no Rio Grande do Sul e Brasil, em relação ao nossos amigos negros.

Esse livro chama-se A Matriz da Cultura Negra no Gauchismo.

Liliana, no texto de apresentação, descreve a capa e tudo o que será narrado no decorrer nas páginas. “As embarcações com flores, que caracterizavam a travessia com suas oferendas, simbolizando sua fé. A imagem do trabalho faz referencia a participação na construção econômica. Os quilombolas trazem a ideia de comunidade, pois constituíam aos locais para onde os negros fugiam para ficar com os seus. O dendezeiro traz a idéia da contribuição do povo negro para a culinária local, por meio do azeite de dendê.”

E segue: “o instrumento de percussão evoca a musicalidade do povo negro. O charque em fogo de chão simboliza o trabalho do povo negro escravizado, que cuidava desde a carneação do animal. A criança negra e os olhos verdes, “espiando por trás dos tecidos”, representa a miscigenação dos povos. A dança também é representada na ilustração. A estampa da beleza negra, nua, em cada pedaço do seu turbante representa uma contribuição do povo para a culinária”.

Essa noite mesmo perdi o sono e li mais um trecho do livro e hoje aproveito esse espaço para parabenizar essa grande representatividade, pelo conhecimento e aprendizado transmitido através dessa obra.

(*) João Luiz Vargas, prefeito de São Sepé (ex-deputado, ex-presidente da Assembleia Legislativa e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado), escreve no site às sextas-feiras.

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