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Os 35 anos do Projeto Esperança/Cooesperança – na visão da irmã Lourdes Dill

A história da criação de um empreendimento único, por sua principal artífice

Parabéns a todos que ajudaram construir esta belíssima história  do Cooperativismo, Economia Solidária, Agricultura  Familiar, Movimentos Sociais, Políticas  Públicas  e Inclusão  Social, a luta contra fome, miséria  e desemprego. O trabalho  iniciou na reflexão  nos anos 1980 pelo  livro A Pobreza Riqueza dos Povos e pela experiência  Projetos  Alternativos Solidários,  que mais tarde tomaram o Rumo da Economia Solidária no Brasil, juntamente com a Caritas Brasileira, Caritas RS  e todos os parceiros históricos

Foi em 15 de agosto de 1987, dia do Aniversário  da Diocese  de Santa Maria, Benção  de Inauguração  do Santuário  da Medianeira que, na celebração das 20 horas no Santuário  da Medianeira,  presidida por dom Ivo Lorscheiter e váios celebrantes e um grande público presente, houve a consagração  do Projeto Esperança  à  Mãe  Medianeira.

.No final da Celebração foi apresentada a proposta  deste Projeto Social, integrado no Banco da Esperança,  que tinha como grande finalidade organizar o povo no Campo e na cidade, não  dando o peixe mas ensinando a pescar e dividir  o resultado da pesca pela partilha  e solidariedade.

Desde o início, o Projeto Esperança  fez parte do Trabalho Social da Diocese de Santa Maria, e que teve que ser criada uma Entidade própria,  por causa da Comercializacao que desde o começo fazia parte e não  era possível fazer com o CNPJ da Mitra Diocesana.

Ao longo desta história de 35 anos, muitas pessoas, entidades,  organizações,  movimentos sociais, consumidores , parceiros, lideranças  políticas, Universidades,  Prefeitura Municipal de Santa Maria, Emater, Conselhos Populares, Governos de vários  partidos se somaram a este gigante projeto cujo rumo se fortaleceu  ao longo da História Apreendente e Ensinante.

Os projetos que ao longo da História se fortaleceram foram os Empreendimetos Rurais e Urbanos, com centenas de grupos, o Feirao  Colonial com 30 anos de história,  as Feiras nas Praças  com 30 anos, a FEICOOP com 28 anos e uma história gigantesca que jamais se apagará. A metodologia está  pautada na proposta  do Fórum Social Mundial – que propõe  a construção  de um outro Mundo Possível  e de uma Outra Economia que já  Acontece.

No dia 6 de março  de 1987 na capela do Bispado, as Irmãs Cecília Dahmer, Lúcia  Riffel e Lourdes Dill foram abençoados  por Dom Ivo Lorscheiter e enviados junto com a Irmã  Beatriz Maria Engel, então  Provincial das Filhas do Amor Divino da Província Nossa Senhora da Anunciação, para  assumir a coordenação  do Banco da Esperança. E eu (Irmã  Lourdes Dill) fui destinada desde o início para  o Projeto Esperança, quando então,  junto com os professores da UFSM e a Diocese começamos organizar a equipe e iniciar a prática  deste importante trabalho. Como Filhas do Amor Divino trabalhamos  35 anos nesta obra e eu tive a alegria de contribuir  com uma grande equipe  e muitos voluntários, parceiros e apoiadores neste tão  importante projeto

No dia 29 de setembro de 1989. dois anos depois. foi criada a Cooesperança. É  a parte legal, a Cooperativa Mista dos Pequenos Produtores Rurais e Urbanos Vinculados ao Projeto Esperança  Cooesperanca.

Foi necessária a parte legal pará viabilizar  a comercialização, que não  era possível pelo CNPJ da Mitra Diocesana e nem do Banco Esperança.  Este Projeto Esperança, com sua belíssima história, faz parte do trabalho social da Arquidiocese de Santa Maria por tudo que ele é e representa ao longo desta gigantesca história.

Ao completar estes belos 35 anos do Projeto Esperança  Cooesperanca queremos elevar a Deus  nosso Hino de Ação  de Graças  pela Mediação  de Nossa Senhora Medianeira, a qual foi consagrado este projeto desde os primórdios; a Dom Ivo Lorscheiter,um dos mentores com um grande grupo de parceiros; a Misereor da Alemanha; Caritas Brasileira e Caritas Regional do RS; a Pastoral da Terra do RS; a Arquidiocese de Santa Maria e todas as suas lideranças,  A UFSM, Prefeitura Municipal, Emater, IFFAR, UFN, todos os veículos de Comunicação (rádios,  jornais, Televisão  e canais das Redes Sociais) parceiros, voluntários,  apoiadores, consumidores, lideranças  políticas  mos níveis municipal, estadual  e federal, Fóruns  de Economia  Solidária  de todo Brasil e todos os Empreendimentos de Economia Solidária  com iniciativas no meio Urbano e Rural buscando caminhos de geração  de Trabalho e Renda com formas cooperativas e Alternativas.

É  importante  também  dizer que o Projeto Esperança Cooesperanca é  um projeto altamente  Evangelizador e transformador, inspirado na vida dos primeiros cristãos, que dividiam os bens e partilhavam os frutos do seu trabalho e a cada Dia juntavam se a eles novos adeptos desta proposta. A mistica e a espiritualidade sempre fizeram parte deste projeto que também  tem sua máxima  na frase  de Jesus quando afirma: “EU VIM PARA QUE TODOS TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA “.

E por  fim convido a todos para  ler e conhecer  esta bela história, acompanhar  o vídeo  (no final deste texto) que  vai junto da palavra de Dom Ivo Lorscheiter na abertura da quarta Feicoop em 1998 há  exatamente 24 anos, quando o Projeto Esperança ccompletou 10 anos. A fala de Dom Ivo é  atual  como se fosse para hoje. Abracos é gratidão  Pará todos

Por fim, agradeço  a Deus  a graça  de poder ter tido a oportunidade de contribuir com uma grande Equipe Colegiada  e os parceiros na construção  desta belíssima  história  que hoje se soma ao projeto que o Papa  Lançou  Para  o Mundo que é  A Economia de Francisco e Clara para REALMAR  AS ECONOMIAS DO MUNDO, com a proposta  integrada na mesma direção: Nenhuma Familia sem Casa, Nenhum Camponês  sem Terra e Nenhum Trabalhador sem Direitos e concluo com o sábio  e sempre atual provérbio Africano: “MUITA GENTE PEQUENA, EM MUITOS LUGARES PEQUENOS, FAZENDO COISAS PEQUENAS, MUDARÃO  A FACE DA TERRA”.

(*) Irmã Lourdes Dill, FDC  Filha do Amor Divino, de Barra do Corda, Maranhão.

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