Vira-casacas. Romero até pode perder mandato. Mas, além de improvável, isso não será em março
O bafafá do PDT santa-mariense pode esfacelar o partido, para além dos já óbvios prejuízos políticos mediatos e imediatos. E ainda tem uma conseqüência adicional que, há um mês, talvez fosse impossível prever: a agremiação está jogando pela janela a possibilidade de reaver o mandato de Isaias Romero, hoje no PMDB.
A direção reconduzida havia pedido que o processo fosse suspenso. Os neste momento ex-dirigentes retomaram a ação. E agora, como fica? Em princípio, o julgamento haverá. Mas, e quem defenderá o PDT no Tribunal Regional Eleitoral? E com que ânimo? Aliás, irá à sessão do TRE? Dúvidas, dúvidas, dúvidas. Que, de resto, beneficiam em muito a defesa de Romero – que mostrará aos julgadores toda a mixórdia política em que se transformou o ex-partido do vereador.
Aliás, e isso é apenas uma opinião claudemiriana, para Isaias Romero o que de melhor poderia acontecer é que o julgamento acontecesse agora, ao sabor dos acontecimentos mais recentes. No entanto, ao consultar a pauta de sessões do TRE já é possível antecipar que a decisão não será em março. E os casos a serem julgados nas primeiras sessões do próximo mês ainda são desconhecidos.
Até aqui, dos 150 pedidos de decretação de perda de cargo eletivo tramitando no Tribunal, 48 já tem decisão. 26 não tiveram o julgamento de mérito, por se tratarem de casos em que edis viraram a casaca antes de 27 de março de 2007, data da Resolução nesse sentido do Tribunal Superior Eleitoral. Duas dezenas de vereadores voltaram pra casa, pois perderam o mandato. E só dois conseguiram se safar, sob a alegação de perseguição – um dos argumentos, lembre-se, de Isaias Romero.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui notas e reportagens produzidas pela Agência de Notícias do Tribunal Regional Eleitoral.
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