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ELEIÇÕES 2022. Lula, Presidente pela terceira vez

Resultado irreversível. Matematicamente, petista não pode mais ser alcançado

Ex-presidente retorna a Brasília e ao Palácio do Planalto para mais um mandato de Presidente (Foto Guilherme Santos/Sul21)

Da Redação do jornal eletrônico SUL21

Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está matematicamente eleito presidente do Brasil. Com cerca de 67% das urnas apuradas, Lula superou Bolsonaro (PL), que liderava até então. Com mais de 98% das urnas apuradas, Lula tem 50,80% dos votos contra 49,20%, de Bolsonaro.

No primeiro turno, Lula ficou à frente de Bolsonaro nas urnas, mas por margem menor do que indicavam as pesquisas de intenção de voto. Desde o início da campanha eleitoral, o petista se manteve à frente nos levantamentos, sempre seguido por Bolsonaro. Nenhum dos nomes apresentados como alternativa demonstrou capacidade de se aproximar dos dois candidatos. A diferença foi o crescimento de Bolsonaro em relação ao que indicavam os institutos de pesquisa. No dia 2 de outubro, o candidato à reeleição liderou boa parte da apuração e só foi ultrapassado por Lula na reta final.

No segundo turno, a campanha do ex-presidente Lula organizou caminhadas nas principais cidades brasileiras. Quando esteve em Porto Alegre, o ato reuniu mais de 50 mil pessoas e suas falas foram direcionadas ao combate às abstenções, consideradas determinantes pelas duas campanhas. O petista foi acompanhado de apoiadores históricos e colegas de partido, além de personalidades que declararam apoio a ele após o primeiro turno, como a ex-presidenciável e senadora Simone Tebet (MDB-MS). Ciro Gomes (PDT) também apoiou Lula, mas sem envolvimento na campanha.

Já Bolsonaro, que entre os principais apoios para o segundo turno passou a contar (outra vez) com o ex-ministro Sergio Moro (União Brasil) enfrentou momentos delicados, como quando em entrevista ao podcast e canal de YouTube “Paparazzo Rubro-Negro” contou que, durante um passeio de moto por uma comunidade de Brasília, “pintou um clima” ao ver meninas de 14 e 15 anos e que teria pedido para ir à casa delas logo depois. Além da repercussão negativa nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição para que o presidente fosse investigado por apologia à pedofilia.

Outra polêmica envolvendo o atual presidente foi a resistência à prisão de seu aliado Roberto Jefferson (PTB), que atirou contra agentes da Polícia Federal no Rio de Janeiro, ferindo duas pessoas. Jefferson teve sua prisão domiciliar revogada após descumprir condicionantes, depois de ter sido preso em agosto de 2021, acusado de integrar milícias digitais que ferem a democracia. O ex-deputado foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República ao STF, por incitação ao crime, ameaça às instituições e homofobia.

O segundo turno também foi marcado por casos de assédio eleitoral em diversas cidades do país. No Rio Grande do Sul, a empresa de implementos agrícolas Stara enviou aos seus fornecedores, no dia seguinte ao primeiro turno, uma correspondência em que falava sobre uma possível redução no orçamento, em caso de derrota de Bolsonaro. A Justiça do Trabalho concedeu uma liminar que obrigou a empresa, com sede em Não-Me-Toque, a garantir o direito do voto sem direcionamento dos seus trabalhadores.

Houve tensão também em discussões legais sobre as campanhas até o segundo turno.

Uma decisão da ministra do TSE Maria Bucchianeri inicialmente concedia 164 direitos de resposta de 30 segundos para Lula no programa eleitoral de Bolsonaro, que veiculou conteúdos “sabidamente inverídicos por descontextualização” sobre o ex-presidente. A decisão foi levada ao STF, que formou maioria para conceder 116 dos direitos de resposta.

Além disso, o plenário do STF manteve uma resolução para combater a disseminação de fake news aprovada pelo TSE a 10 dias do segundo turno. A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia solicitado que fosse derrubada a decisão que agiliza a retirada de notícia. A decisão retifica decisão tomada pelo ministro Edson Fachin. O tribunal pode, portanto, determinar às plataformas que incluíssem em até duas horas posts “sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados” sobre a integridade desta reta final das eleições.

Outra decisão do TSE que mobilizou as campanhas e parte da população foi a que puniu a Jovem Pan por falta de isonomia. O tribunal determinou multa de R$ 25 mil caso a emissora descumprissem a decisão de não fazer comentários sobre a situação penal de Lula e concedeu direitos de resposta à campanha do petista na rádio. Em resposta, a Jovem Pan alegou que estava sob censura e afastou comentaristas e apresentadores que descumpriram as regras do TSE.

Na última semana antes do segundo turno, a equipe de Jair Bolsonaro entregou ao TSE um relatório alegando que rádios deixaram de exibir inserções da sua campanha. A denúncia inicial foi feita no dia 24 e o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que fossem apresentadas provas e “documentos sérios”. O ministro das comunicações do atual presidente, Fábio Faria, afirmou que uma empresa contratada pela campanha identificou pelo menos 154 mil inserções a menos do que a campanha do oponente.

Na reprodução da imagem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o resultado ainda não definitivo, mas já irreversível: Lula eleito

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