ELEIÇÕES. Entidades de SM ligadas à educação e ao serviço público são contra a reeleição de Bolsonaro
Sindicatos das duas áreas e DCE da UFSM divulgam “Carta à Comunidade”
Por Paulo André Dutra / Da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Professores Municipais
Seis entidades de Santa Maria, ligadas à educação e ao serviço público, publicaram nesta quinta-feira (27) a Carta à Comunidade de Santa Maria, onde posicionam-se contra a reeleição do atual presidente da República, Jair Bolsonaro.
Subscrevem o documento Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), CPERS-Sindicato, Sindicato dos Municipários, Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe Santa Maria), Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm) e Diretório Central dos Estudantes (DCE-UFSM).
Durante o governo Bolsonaro, foram ampliadas as iniciativas de desmonte dos serviços públicos e os ataques aos direitos do funcionalismo, situação ainda mais evidente com a tramitação da PEC 32 (Reforma Administrativa). Foram inúmeras tentativas de interferência na educação pública, com evidentes motivações ideológicas, contra o desenvolvimento da educação pública. O desprezo pelos valores democráticos e suas instituições, o descaso com a vida humana e o despreparo na condução da estrutura governamental também motivam essa manifestação coletiva das entidades, em defesa da educação e do serviço público.
Confira a nota abaixo (e também no formato PDF, no final do texto):
A educação, os serviços públicos e o 2° turno das eleições
Não há dúvidas que vivemos no campo da educação uma nova idade das trevas. Conhecimento, ciência, vacina, arte e cultura são objetos de desmonte e ataques baixos por parte do governo federal e seus apoiadores. Referendados pelo presidente da república, uma horda insipiente e irresponsável ataca de forma violenta e desqualificada um dos patrimônios mais generosos do povo brasileiro: a educação pública.
O Ministério da Educação se tornou um laboratório experimental de despreparados e ideologicamente cooptados para atender interesses que passam longe das reais necessidades da educação nacional. Irresponsáveis cortes de verbas, desrespeito à democracia das instituições, ministro estrangeiro que nada entendia de educação, currículo fraudado de ministro indicado ao cargo, ministro negacionista e outro que negociava verbas da educação em troca de barras de ouro. Além disso, Jair Bolsonaro articula o fim dos serviços públicos através da Reforma Administrativa.
Recursos necessários à educação e à saúde foram desviados para compra de parlamentares, escândalo que ficou conhecido como “orçamento secreto”: bilhões de reais distribuídos entre os deputados governistas sem qualquer controle e transparência.
A vacina tão desejada pela população e a grande responsável por voltarmos à normalidade foi objeto de desinformação, negacionismo e corrupção somente sendo efetivamente adquirida em razão de uma CPI que desvelou todo o desprezo de Bolsonaro pela vida dos brasileiros. Milhares de mortes poderiam ter sido evitadas e milhares de empregos preservados não fosse a incompetência do presidente e seus ministros. É uma gestão inteira visando o desmonte dos serviços públicos.
Por tudo isso, entendendo que não há nem houve esforço algum no sentido da valorização e preservação da vida, do desenvolvimento de uma educação pública, laica, gratuita e de qualidade, e no fortalecimento da democracia, nós que representamos os servidores públicos, manifestamos de forma veemente nossa posição CONTRÁRIA À REELEIÇÃO DE BOLSONARO.
Para que possamos viver novamente tempos de tolerância, esperança e desenvolvimento.
Estamos ao lado da democracia, da ciência e da vida.
Pessoal ligado ao serviço publico e a educação preocupam-se, primordialmente, com o proprio bolso. Por isto que os serviços publicos e a educação estão como estão. Pior, como ‘adonaram-se’ dos dois as corporaçãoes impedem qualquer mudança real, o que leva a decadencia. Resumo: é um problema que se resolve sozinho.