Um voto pelo respeito – por Roberto Fantinel
“É preciso mostrar que a política é feita por gente como a gente”
Chegamos ao fim de um dos maiores pleitos da história do Brasil. Embora parte das escolhas eleitorais já tenham sido consolidadas, duas grandes decisões ainda percorrem nossas rodas de conversas, pesquisas e ações em espaços sociais. Durante este período em que me aventurei na busca pela reeleição como Deputado Estadual, ainda que com um final positivo, muito vi e ouvi sobre política pelo nosso chão gaúcho e confesso que o carinho que recebi de cada família, apoiadores, amigos e amigas promoveu neste filho de colono um sentimento promissor e contagiante, motivo pelo qual estarei por mais quatro anos representando homens e mulheres do nosso Rio Grande dentro do parlamento.
No entanto, neste momento em que o ódio à política representa 42.316 votos nulos no primeiro turno das eleições de 2022, algumas coisas precisam ser ditas. Em especial, o desinteresse destes milhares de eleitores que não compareceram às urnas, entre os mais variados motivos, o desinteresse pelo assunto que norteia nossas vidas é substancial e relevante, já que retornaremos às urnas ao final deste mês.
Questiono-me sobre quais são os espaços que nossos eleitores possuem para discorrer sobre o assunto e com quem esses diálogos acontecem ou deixam de acontecer, já que por experiência própria ouvi a frase “não quero saber de política” diversas vezes pelo caminho público.
Não podemos também acreditar que o ódio à política representa um partido, mas sim grupos que tencionam esse sentimento através de ações abusivas, ou até mesmo pessoas públicas específicas que não apresentam o sonho daqueles que desejam trabalhar honestamente. Não toleramos violência. Não toleramos insultos. Não toleramos preconceito. Não toleramos racismo. Entendo que temos que construir juntos um Rio Grande que respire a democracia, para a nossa gente da cidade, do campo e da vida social preocupada em reconstruir nossa economia, saúde e educação tão prejudicados nos últimos anos.
Dois pontos importantes devem ser levados em consideração neste nosso raciocínio. Primeiramente citando Platão: quem não gosta de política será representado por quem gosta. Esta é uma compreensão milenar e mostra que não há saída senão atuar politicamente.
Em segundo momento, compreender também que devemos confiar e fiscalizar o trabalho dos nossos representantes. Pesquisar, ler e se informar sobre as nossas opções. Algo que deve ser ensinado inclusive dentro das escolas. Vamos lutar por isso!
Em tempos como estes em que vivemos é preciso proteger nossa população, construir diálogos e mostrar que a política é feita por gente como a gente. De carne, osso e muitos sonhos para conquistar em nome daqueles que me elegeram e todos os outros que vivem no nosso estado e querem seguir prosperando.
Enquanto político e dedicado pela minha vocação, sei da responsabilidade deste cargo e especialmente o respeito que preciso dedicar à todos aqueles que acreditam em uma vida melhor. Por isso neste segundo turno, como deputado estadual, mas primeiramente como gaúcho eu voto pelo respeito, pelo espaço que as mulheres têm direito a ocupar, pelos avanços que não podem parar, pela continuidade de agendas que foram fundamentais para enfrentarmos todos os desafios não previstos no início do último pleito eleitoral, lá em 2018.
(*) Roberto Fantinel é deputado estadual pelo MDB. Oriundo de Dona Francisca, onde foi vereador, é ex-presidente da Juventude do MDB/RS, integrante do Diretório Municipal do MDB/SM e ex-assessor do governo gaúcho, na gestão de José Ivo Sartori. Também é presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Ele escreve no site, semanalmente, aos sábados.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.