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MÍDIA. Aos 43 anos de circulação, morre mais um jornal impresso gaúcho, o Diário da Manhã Pelotas

“Fim de um sonho”, lamentou diretor do DM, ao explicar as razões da decisão

Reproduzido do portal especializado Coletiva.Net / Com imagem de Reprodução

Nesta terça-feira, 29, veiculou a última versão impressa do Diário da Manhã Pelotas. Fundado em 24 de junho de 1979, foram quase 44 anos de circulação do veículo, que é uma empresa familiar. “Está sendo muito difícil este momento. É o fim de um sonho, de um projeto de vida”, lamentou o jornalista e diretor Hélio Freitag Júnior. Em entrevista à reportagem de Coletiva.net, o comunicador apontou razões econômicas para o encerramento dessa atividade. 

“O principal motivo foi a falta de receita de Publicidade e de um número suficiente de assinantes que viabilizasse a empresa”, explicou. O também sócio acredita que esses fatores se devem à crise econômica provocada pela pandemia e à migração dos leitores e anunciantes para outros meios, sobretudo os digitais. Além disso, como a empresa mantém gráfica própria, o custo dos insumos e a dificuldade de encontrar manutenção para as máquinas também pesou substancialmente na decisão de parar de imprimir o Diário da Manhã.

Devido ao encerramento do impresso, cerca de 20 colaboradores, entre eles seis jornalistas que atuavam na redação, foram desligados dos cargos. “Chegamos a ter 55 colaboradores e nem com a redução do quadro de pessoal foi possível suportar as despesas.” Conforme Freitag Júnior, todos acompanhavam a “agonia” do DM, e a decisão de encerrar as atividades não foi surpresa. A comunicação do fim do jornal ocorreu por meio de uma reunião, comandada pelo editor-chefe e presidente da empresa, o jornalista Hélio Freitag, “onde todos manifestaram tristeza, porém entenderam que a mudança tem atingido diversos veículos e, infelizmente, chegou a vez do Diário da Manhã”, comentou.

A repercussão não foi apenas no público interno, mas também no externo. De acordo com o diretor, o veículo era muito querido na cidade, “até mais do que pensávamos”. Conforme ele, houve manifestação por parte de vereadores, integrantes de movimentos culturais e da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que enviou uma nota de lástima pelo fechamento. “Ainda é cedo para avaliar, mas uma amostragem das manifestações da população nas redes sociais nos sinaliza que houve sim uma reação negativa, de lamento, pelo encerramento do jornal impresso.”

Empresa familiar

Conduzida pelo patriarca Hélio Freitag, a empresa familiar, além de Hélio Freitag Júnior, abrigava seus irmãos Louisiana Freitag, como gerente administrativa, e Rafael Freitag, como jornalista e gerente comercial. Além deles, os netos do presidente, Felipe Freitag, que atuava na diagramação, e Bernardo Freitag, na pré-impressão. Conforme o gestor, todos esses foram criados ou nasceram praticamente dentro do jornal. “O DM sempre foi um veículo que deu voz a quem precisava, apoiou causas, promoveu debates, trazia em suas páginas uma opinião diferente, serviu de escola para excelentes profissionais que alcançaram projeção nacional e internacional.”

Atualização on-line

As notícias agora continuarão a ser divulgadas no formato digital, tanto no site quanto nas redes sociais, onde Freitag Júnior disse haver engajamento. De acordo com o diretor, há um alcance semanal superior a 200 mil interações pelas mídias e perto de 800 mil page views no portal. “É um volume considerável de leitores que não podem ficar sem receber a qualidade e, sobretudo, a credibilidade que o jornal conquistou ao longo desses quase 44 anos.”  O jornalista adiantou que a equipe organizará os novos projetos e, em breve, mas ainda sem data definida, apresentará um novo portal.

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