Parlamento. Além da Presidência, deputados e senadores brigam muito também por outros cargos

Há quatro concorrentes à presidência da Câmara dos Deputados e dois ao Senado. São, claro, as disputas que obtêm maior visibilidade na mídia. E é natural que assim seja, pela relevância das funções. No entanto, há outros cargos bastante cobiçados pelos parlamentares. Seja pelo poder que garantem – os 1ºs secretários, por exemplo, controlam o orçamento – ou pela influência que podem exercer na tramitação de projetos.

Nesse último caso, a Comissão de Constituição e Justiça é, longe, a mais importante. No Senado, o atual presidente é o pernambucano Marco Maciel (na foto de Roosewelt Pinheiro, da Agência Brasil). Mas o posto está virando moeda de troca na disputa pela Presidência. E ele, que já foi vice-presidente da República, pode até dançar – como se pode deduzir na leitura da reportagem de Karla Correia, do Jornal do Brasil. Confira:

“Já começaram as disputas pelas comissões parlamentares

Em paralelo à batalha pelo comando da Câmara e do Senado, corre uma dura disputa pelas comissões temáticas das duas Casas entre as bancadas partidárias do Congresso. Frequentemente usadas como moeda de troca entre os partidos pelo apoio a candidatos às duas cadeiras de presidente no Parlamento, as presidências das comissões permanentes e a briga por espaço entre as legendas ganham ainda mais peso na última semana antes da eleição para os cargos das duas Mesas Diretoras.

Uma das mais importantes do Senado, a Comissão de Constituição e Justiça está no centro de uma queda de braço entre PMDB e DEM, atualmente na presidência da comissão com Marco Maciel (PE). Na legenda aliada ao governo, a vaga é vista como uma espécie de prêmio de consolação ao atual presidente da Casa, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que teve sua candidatura preterida pela legenda e pelo Palácio do Planalto com a entrada oficial do senador José Sarney (PMDB-AP) na disputa e decidiu abandonar o páreo.

Seria um gesto do cacique para satisfazer sua própria bancada. Igualmente posto em segundo plano pelo Planalto com a candidatura de Sarney, o petista Tião Viana (AC) acena ao DEM com a promessa da vaga, em troca do apoio da legenda de oposição. Demóstenes Torres (DEM-GO) seria o nome escalado para a CCJ…”

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Já começaram as disputas pelas comissões parlamentares”, de Karla Correia, no Jornal do Brasil.