Por Gabrielle Pillon / Da Agência de Notícias da UFSM
Deverão ter início em 2023 as obras do Agrotec Experience: Espaço Multiuso do Agronegócio da Universidade Federal de Santa Maria, a ExpoUFSM. A iniciativa, que integra o espaço do Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia (InovaTec), quer contribuir com a missão da Universidade de aproximar a produção de saberes com as necessidades da sociedade, ao identificar demandas de estímulo ao desenvolvimento econômico da região, com base na cooperação da Instituição com produtores rurais. O espaço ocupará 10 hectares de terra e mais de 86 mil m² de intervenções.
Sinergia com os objetivos da Universidade
Segundo Hélio Leães Hey, assessor da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) da UFSM, a ideia faz parte de um planejamento de consolidação do ecossistema de inovação e de empreendedorismo da Universidade, que teve início com a aprovação pelo Conselho Universitário da criação da Agittec, em janeiro de 2015. “A consolidação desse importante ecossistema de conexão entre o conhecimento produzido na UFSM e sua absorção pela sociedade se dá agora em 2022, com o inicio da implantação da ExpoUFSM”, conta Hélio.
O reitor da UFSM, Luciano Schuch, também enxerga o novo empreendimento como um elemento do objetivo da gestão universitária: unir a Universidade com a sociedade. Máxima que já está sendo aplicada em outras iniciativas, como a transformação da Antiga Reitoria em uma área para projetos de extensão.
Além disso, o gestor entende o novo parque de exposições como parte do desenvolvimento da Universidade através da conexão com a comunidade externa. “Essa integração é fundamental para continuarmos crescendo. Estamos nos conectando cada vez mais com a sociedade, ao disponibilizar um espaço para ela vir, igualmente junto ao setor produtivo das mais diversas áreas”, afirma.
Aspecto multiuso
Com sua larga extensão e tecnologia moderna, a ExpoUFSM também pode ceder seu espaço a diferentes eventos, como o Descubra UFSM e a Jornada Acadêmica Integrada (JAI). Não obstante, feiras tradicionais de Santa Maria, como a Feisma, a Expofeira ou a Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) podem acontecer neste novo espaço.
Hélio acrescenta que é esse o viés que se almeja, de estabelecer um ambiente integrado, o qual potencialize a sinergia e a cooperação entre empresas, startups, universidades, instituições de pesquisa, cooperativas e produtores, isto é, a cadeia de produção agropecuária do Rio Grande do Sul. “As características do local estão sendo pensadas de acordo com o que existe de mais moderno em termos de feiras de negócios, seguindo alguns conceitos e estratégias já utilizadas em outras grandes feiras nacionais, como a Expodireto, a Agrishow e a Expointer”, explica o assessor.
O ponto central desta dinamicidade está justamente na união com o Parque de Inovação da UFSM. Planeja-se interconectar os eventos, como explica Schuch: “hora o visitante estará no Parque, interagindo com as empresas incubadas, hora estará junto ao setor produtivo da região, interagindo com pequenos e grandes produtores”.
Arquitetura do ambiente
O novo parque de exposições contemplará a área agropecuária, com opções para a realização de remate, julgamento de animais e exposições de máquinas agrícolas e demais tecnologias. Ademais, haverá pavilhões divididos em agricultura familiar e indústria e comércio. Uma arena digital também está inclusa, destinada a eventos que exigem imagens, sons e outras funções diferenciadas. “Essa estrutura permite que ocorram eventos dos mais diversos tipos, sejam voltados à indústria, aos animais, ao comércio, à agropecuária, seja à área da educação e internacionalização”, exemplifica o reitor.
Além disso, uma área nos fundos de onde será a ExpoUFSM ficará destinada à expansão agropecuária, para que os expositores possam fazer plantações que demonstrem suas tecnologias e produtos.
Hélio destaca outro fator positivo do projeto: uma maior visibilidade aos grupos de pesquisa da UFSM e também às empresas incubadas e residentes no ecossistema da UFSM, integrantes da Incubadora Pulsar e da Inovatec. Com isso, pretende-se fortalecer a inserção dessas empresas no mercado. Ele ressalta: “essas empresas são, na sua grande maioria, concebidas por alunos e pesquisadores nos próprios grupos de pesquisa da UFSM, transformando a ciência e o conhecimento produzidos em negócios e, com isso, impactando positivamente a sociedade e a economia local e regional”.
O orçamento previsto para o projeto é de R$ 35 milhões, advindos de recurso extra-orçamentário, isto é, fora do orçamento da Universidade. Para isso, parcerias estão sendo negociadas com o governo federal. A intenção é iniciar as obras no primeiro semestre de 2023.
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Porque reitorar é construir predios.