Todos querem o 2º turno. Turra também
Há consenso. Ou até mais que isso. De cada 10 analistas, 11 têm convicção que, no Rio Grande do Sul, da forma como o processo está encaminhado, é nula a chance de a eleição para governador terminar em 1º de outubro. O segundo turno é inevitável, especialmente pela quantidade de candidatos fortes querendo chegar ao Palácio Piratini.
Há, também, outras duas opiniões (mais ou menos) consensuais: o PT de Olívio Dutra, com um eleitorado consolidado de pelo menos um terço dos gaúchos, tem lugar garantido na segunda rodada. E o pleito perdeu a chance de decidir-se na primeira ronda a partir do momento em que Germano Rigotto, para a maioria ainda o concorrente mais forte, abriu espaço (com sua indecisão de concorrer ou não, buscando até cacifar-se para a Presidência da República) para outras justas ambições regionais.
Por conta disso, houve um natural assanhamento das correntes políticas de expressão no Estado e, no bojo disso também, ambições mais pessoais que propriamente partidárias, ainda que igualmente justas. Ou alguém acredita que, com sua precária estrutura, o PSDB gaúcho é maior que Yeda Crusius?. Isso para ficar no exemplo mais notório.
Enfim, com Rigotto, Yeda e também Alceu Collares, que acabará sendo candidato embora, inicialmente, ninguém acreditasse nisso, são pretendentes que dividem votos entre si. E forçarão o segundo turno, quase que obrigatoriamente. E isso para não falar de Nelson Proença, nome forte (para deputado federal, diria alguém), com partido fraco no caso, o PPS.
Nessa conjuntura tão especial, tão particular, há espaço para uma candidatura muito significativa, e que por não poucos é desprezada. Não, acredite, por este analista. O PP, Partido Progressista, se fizer valer a sua estrutura, capilarizado que é em todo o Rio Grande do Sul, com certeza é um ator importante na disputa de 2006. E Francisco Turra, deputado federal muito respeitado por todas as correntes políticas, identificado com o setor primário, pode ser alguém que faça a diferença nessa eleição. Ganhar? Não sei. Mas influir, certamente. E não é por acaso que é cortejado pelos tucanos; por enquanto sem sucesso.
Pelo que Turra declarou em Santa Maria nesta sexta-feira, teremos uma campanha eleitoral muito animada. Ele parece bem disposto a ir até o fim na sua luta. Confira, na reportagem de Thiago Buzatto, que o jornal A Razão publica neste sábado, o que pensa o candidato do PP ao Piratini:
Para se eleger, Turra
aposta na municipalização
Pré-candidato progressista aposta na envergadura do PP no Estado para chegar ao Palácio Piratini
O pré-candidato ao governo do Estado, Francisco Turra esteve nesta sexta-feira em Santa Maria para buscar apoio das lideranças locais para alavancar sua candidatura ao governo do Estado. Junto dele, visitaram a cidade lideranças como o pré-candidato ao Senado, João Alfeu Manfrão, os deputados federais Afonso Hamm e José Otávio Germano, e do deputado estadual Vilson Covatti. Turra, que já foi prefeito de Marau, deputado estadual constituinte, diretor de Desenvolvimento e Investimento do Banrisul, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), ministro da Agricultura e Abastecimento entre 98 e 99 no governo Fernando Henrique Cardoso, e atualmente é deputado federal, espera concretizar o sonho dos progressistas de voltarem ao Palácio Piratini no posto que não ocupam desde que Jair Soares deixou o governo, em 86. No entanto, Turra terá que passar pelo estigma que o PP carrega desde de então de, embora ser um dos três maiores partidos do Estado, não conseguir emplacar uma candidatura majoritária. Para isso, o empenho dos cerca de 190 mil filiados gaúchos e dos prefeitos, vereadores e deputados serão essenciais.
Começamos uma caminhada por todas as regiões e conseguimos a unificação do partido, temos um grande número de pré-candidatos a deputado estadual, federal, candidatos de grande qualificação e de potencial de votos muito forte. E a partir disto imaginamos que, se nosso partido também tem o maior número de vereadores, de prefeitos, de filiados, como é que o partido não rende para a majoritária?, questiona Turra. Então montamos a estratégia da municipalização da campanha: bem estruturada, orientada e acompanhada, acho que a municipalização é o grande diferencial em relação às outras eleições, aposta.
De acordo com o pré-candidato progressista, foi lançado um desafio aos líderes municipais para que pelo menos uma cota de votos fosse atingida para que o candidato chegue ao segundo turno, já projetando conquistar o apoio dos demais candidatos derrotados.
Por enquanto sem fazer coligações, Turra revela que o partido ainda espera por uma resposta da pré-candidata ao governo pelo PSDB, Yeda Crusius, para ocupar a chapa como vice-governadora. No entanto, Yeda Crusius também quer que Turra componha chapa, mas com ela encabeçando a majoritária. Por isso, a coligação ainda não foi feita. Exatamente por essa questão por nós a querermos e de ela…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal na internet, no endereço www.arazao.com.br, ou na versão impressa, nas bancas desde as primeiras horas deste sábado.
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