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Abraços de esperança e empatia – por Jorge Pozzobom

O prefeito municipal, os 10 anos da tragédia da Kiss e a obra do memorial

A semana passada ficou marcada por nós, santa-marienses, por um gesto que faz toda a diferença: o abraço. E, nesta época em especial, ele tem um sentido ainda maior, a capacidade de transmitir esperança, acolhimento e empatia. Quem conversou comigo ouviu essas palavras não apenas uma, mas várias vezes.

Rodrigo Decimo e eu fizemos questão de acompanhar toda a programação organizada pela Associação de Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), que tem sido incansável em fazer o possível e o impossível para o que aconteceu com os seus filhos jamais se repita.

A cada dia da programação que lembrava os 10 anos da tragédia que nos tirou (e ainda tira) o sono, não só abraçamos, mas também fomos acolhidos por pessoas de diferentes lugares que vieram nos prestar apoio. As manifestações de empatia encheram a praça da nossa cidade e, claro, espalharam-se por todo o coração do Rio Grande.

Na última sexta-feira, na nossa Praça Saldanha Marinho, Rodrigo Decimo e eu, junto ao presidente da Associação, Gabriel Rovadoschi Barros, e Flávio Silva, que também presidiu a AVTSM, assinamos o documento de cooperação para a construção do memorial em homenagem às vítimas. Tenho repetido e reforço: esse era um desejo meu, primeiramente como pai e, depois, como homem público.

Neste gesto tão importante, salientamos que essa construção terá um significado não somente para Santa Maria, mas para o mundo inteiro. Isto será mais um suporte a toda a história destas famílias. Vamos transformar a dor em amor, e a tristeza em esperança.

Diante do termo de compromisso, mais uma vez, fortalecemos a nossa relação com a AVTSM, a verdadeira protagonista de todo esse movimento, bem como nas demais ações ligadas à tragédia. Nosso empenho tem ainda mais sentido diante das palavras do presidente da AVTSM, Gabriel Barros, destacando que a assinatura do nosso compromisso com eles representa compromisso e transparência: “o que antes eram apenas palavras, agora é uma responsabilidade. As famílias e os sobreviventes merecem ter este espaço de memória”.

O Rodrigo, como engenheiro, terá um papel fundamental diante dessa obra. Nosso objetivo é que ela comece ainda este ano, sendo realizada a partir de recursos do Fundo dos Bens Lesados do Ministério Público, via governo estadual ou através de recursos próprios do Município. Este documento representa mais do que isso: é um passo à frente no projeto definido ainda em 2018, que é entregar a esses pais um lugar de homenagens e reflexões.

 (*) Jorge Pozzobom é o Prefeito Municipal de Santa Maria. Sua trajetória como agente político começou com dois mandatos de vereador, tendo depois se alçado, pelo voto popular, à Assembleia Legislativa. Em meio ao segundo período, em 2016, foi eleito para conduzir o Executivo santa-mariense. Em novembro de 2020 foi reeleito para um novo mandato. Ele escreve no site às terças-feiras. 

Crédito da foto: Marcelo Oliveira/Prefeitura

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Um Comentário

  1. ‘Empatia’ é palavra que perdeu o significado usual por conta do uso politico. O tal fundo ‘destina-se a ressarcir a coletividade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, à economia popular, a bens e direitos de valor artístico, histórico, estético, turístico e paisagístico, à ordem urbanística, à ordem econômica, ao patrimônio público, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, ou a qualquer outro interesse difuso ou coletivo’. ‘Lesada’ é a população do pais que paga tributos para politicos incompetentes gastarem no que der na telha.

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