ESTADO. Em Porto Alegre, presidente da Assembleia Legislativa reforça ato em defesa da democracia
Valdeci Oliveira disse que ataque golpista deve servir de alerta permanente
Por Vicente Romano / ALRS
Ao participar do ato em Defesa da Democracia, no início da tarde desta segunda-feira (16), no átrio do Palácio da Justiça, na Praça da Matriz, em Porto Alegre, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, deputado Valdeci Oliveira (PT), afirmou que os acontecimentos do último dia 8 não podem ser esquecidos e devem servir de alerta permanente. “Não podemos aceitar que qualquer movimento que tente destruir a democracia no país possa ter espaço”, defendeu.
O presidente Valdeci ressaltou que não é possível aceitar a política feita com ódio, em ataques a quem pensa diferente. “Porque aí não é democracia”, enfatizou. O líder do Poder Legislativo salientou a necessidade de defender, fortalecer e construir espaços para que todos tenham o direito de se manifestar, opinar e fazer suas manifestações dentro da regra, das leis e da Constituição.
O evento público, organizado pela Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), contou com a participação da Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, do Executivo estadual, do Ministério Público, da Defensoria Pública estadual, dos tribunais regionais, de órgãos autônomos e de entidades da sociedade civil, marcando o repúdio da sociedade gaúcha aos atos de violência e vandalismo ocorridos no dia 8 de janeiro, em Brasília.
Primeiro a falar na cerimônia, o presidente da Ajuris, Cláudio Luís Martinewski, disse que a iniciativa buscava congregar todos os democratas, todos os republicanos, todos os cultores do estado de direito “para que disséssemos em alto e bom som que aqui estamos para repudiar qualquer ato que transgrida o direito, que viole a Constituição, que constranja o estado de direito e profane a democracia”, declarou.
A presidente do Tribunal de Justiça do RS, desembargadora Iris Helena Medeiros Nogueira, destacou que a presença no evento de representantes dos poderes e de entidades da sociedade civil significava a união em uma causa nobre que é a defesa da democracia brasileira. Para ela, os lamentáveis atos ocorridos em Brasília, no dia 8, se constituem no maior ataque à democracia recente do Brasil. “Viver num regime democrático significa saber conviver com a divergência e aceitar a escolha da maioria. O Poder Judiciário do Rio Grande do Sul reafirma seu total repúdio as ações antidemocráticas e reitera a incondicional defesa da ordem pública e da soberania constitucional e em defesa do estado de direito”, argumentou.
O Poder Executivo foi representado pelo procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, já que o governador em exercício, Gabriel Souza, realiza atividades fora do Estado.
Sim, se em 1964 tivessem ocorrido mais atos como este os milicos não teriam tomado conta. Olhando pelo mundo vê-se o que aconteceu em Myanmar (antiga Burma). Elegeram Aung San Suu Kyi, uma ganhadora do Nobel da Paz (que tem mais a ver com politica do que com paz). Lá pelas tantas os budistas começaram a passar o rodo nos muçulmanos e refugiados. Midia internacional caiu de pau em cima dela, ‘omissão’. Ocorreu um golpe de Estado. Foi processada por um monte de coisas (corrupção, fraude eleitoral, etc.) e a sentença total chega a 33 anos. Não tem como saber o que é verdade ou não é. Obvio, grande maioria do planeta nem lembra que a mulher existe.