Eleições 2010. A diferença, no jeito de brigar, entre PT e o PSDB é o barulho. Apenas essa
Confira a nota publicada pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo. E, depois, o meu comentário. A seguir:
Movimentação de Serra precipita disputa com Aécio
Há um ano, em fevereiro de 2007, os presidenciáveis tucanos José Serra e Aécio Neves firmaram um armistício. Combinaram que só tratariam de 2010 depois que fossem abertas as urnas de 2008. O cessar-fogo acabou. Nove meses antes do prazo combinado, os governadores de São Paulo e de Minas Gerais voltaram a se bicar.
Ainda não foi disparado nenhum tiro em público. Mas Aécio decidiu reforçar o paiol. Iniciou a preparação para a guerra interna. Entre quatro paredes, o governador mineiro mostra-se incomodado com o que chama de antecipação prematura do processo. Acha que está em curso uma tentativa de transformar a candidatura presidencial do rival num fato consumado. E resolveu enrolar a bandeira branca.
A negociação de Serra para transformar Gilberto Kassab (DEM) em candidato à prefeitura paulistana foi o estopim que alvoroçou as plumas do tucanato. Serra tenta rifar Geraldo Alckmin (PSDB), alternativa tucana ao ‘demo’ Kassab, em troca do compromisso do DEM de apoiá-lo em 2010.
Para desassossego de Aécio, Fernando Henrique Cardoso veio ao meio-fio para defender a formalização da aliança tucano-democrata em torno de Kassab. Se você pensar estrategicamente, seria ótimo que a aliança dele [Kassab] com o PSDB se mantivesse nas eleições [municipais de 2008], que o Geraldo [Alckmin] pudesse disputar o governo, o que liberaria o Serra para a presidência [da República], disse FHC aos repórteres Laura Greenhalgh e Fred Melo Paiva.
Privadamente, Aécio tachou as declarações de FHC de inábeis, desastradas e extemporâneas. Acha que as palavras do ex-presidente expressam uma visão equivocada. Diz que, em 2010, o DEM, por pragmático, vai se compor com o PSDB “com ou sem Kassab.” Há dois dias, em conversa com um amigo, o governador mineiro afirmou: Não estou mais em idade de dizer amém a tudo o que acha o Fernando Henrique. Aécio ressuscitou uma frase que ouvira do avô Tancredo Neves: Ninguém é…
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: Vamos combinar que a única diferença efetiva (na medida em que até os programas partidários são muito semelhantes) entre tucanos e petistas é o jeito de brigar. Enquanto estes se esbofeiam no noticiário (além de em seus documentos e bate-bocas internos), aqueles preferem o escurinho representado por notas de opinião. Mas, no fundo (e no raso também) são bem iguaizinhos os protagonistas da política nacional.
SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da nota Movimentação de Serra precipita disputa com Aécio. E clique aqui para ler outras informações publicadas pelo jornalista Josias de Souza, da Folha de São Paulo.
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