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O alerta da praça – por Marcelo Arigony 

Incrível a quantidade de pessoas na Praça do Caridade. Falo da Praça Dr. Astrogildo de Azevedo, localizada no Largo Roque Gonzales, entre a José Bonifácio e a Pinheiro Machado, altos da Presidente Vargas, em Santa Maria.

Por três vezes tentei ir lá com as minhas crianças, inclusive à noite. Mas não havia lugar nem para ficar em pé. Triste ilusão das pequenas que queriam fazer uso dos brinquedos. Filas maiores do que no Beto Carrero em período de férias.

Isso deveria ser bom. Sinal de que a parceria com a iniciativa privada foi exitosa. Praça bonita, bem projetada e com segurança. Lugar para a criançada brincar gratuitamente, para o adulto fazer exercícios, tomar mate, ou apenas praticar ócio contemplativo. Todos os responsáveis pelo projeto, execução e manutenção estão de parabéns.

Fica o alerta sobre a necessidade de mais espaços como esse na cidade. E antes que digam que há diversas praças por aí, que o pessoal não cuida, que destroem os brinquedos, blá-blá-blá, digo que não podemos aceitar isso como desculpa.

Noutra feita já escrevi que não há mais campinhos de futebol para a população pobre, e que as crianças que deveriam estar brincando e se exercitando de forma sadia acabam sendo levadas para o lado ruim, para aprender o que não presta, e no futuro engrossam as fileiras da criminalidade.

A sociedade precisa achar um jeito. Que se façam outras parcerias, que se chamem associações à responsabilidade, que sejam feitas campanhas de conscientização, mas que se criem mais espaços de lazer e convivência na nossa cidade. JÁ!

(*) Marcelo Mendes Arigony é titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Santa Maria, professor de Direito Penal na Ulbra/SM e Doutor em Administração pela UFSM. Ele escreve no site às quartas-feiras.

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4 Comentários

  1. Pessoas nascem boas e a sociedade as corrompe. Pode até ser. Mas o que acontece nas periferias é reflexo da inoperancia do poder publico. Como nas praças. E as teses ‘sociologicas’? Parafraseando, lembra algo que Nietzsche chamava de ‘otimismo teórico socrático’: tudo pode ser conhecido (através da razão) e tudo pode ser ‘consertado’. Não é assim que a banda toca. Alas, lembra outra caracteristica da aldeia. Gente abrindo empreendimento imaginários que ‘terão muito sucesso’ e ‘atrairão muitas pessoas de longe’. Gente que nunca empreendeu nada, não sabe do que está falando, não tem grana ou disposição para empreender e o ‘sucesso’ é prognosticado pura e simplesmente pelo otimismo nefelibata. Vai de restaurantes em cima do morro até complexos turisticos. Alas, abrir restaurante parece fáci para quem vê de fora. Muito longe disto. Para quem não é do ramo, sem capital de giro, é muito facil quebrar. Por isto que os vermelhos imbecis criticam os ‘rentistas’, acham que tirar grana do banco e empreender é barbada. Obvio, pendurados em profissões liberais ou cabide publico é facil falar.

  2. No mais sociologia de ar-condicionado e ideologia. Gurizada da periferia só pode virar jogador de futebol? Alas, existem interessados em jogar num campinho de chão batido (as vezes de pes descalços) como era na minha época? Alas, na epoca do colegio na hora do recreio o bom era Kichute para jogar futebol com pedra, bola de meia ou assemelhados. Gurizada da periferia é completamente passiva? Não poderiam ter aulas de musica, ballet, desenho, conforme os gostos de cada um? ‘Ahh! Não era isto que eu queria dizer!’ Então por que não disse?

  3. Desculpa mesmo é ‘ gestão publica é diferente da gestão privada’. Desculpa para não funcionar diga-se de passagem. A demora, os atrasos, a falta de efetividade entram todos na conta da burocracia. Nunca é incomPeTencia, falta de formação, etc.

  4. Falar até papagaio fala. Aldeia tem esta caracteristica, muita gente dando palpite em areas das quais não tem a menor ideia. Se destroem os brinquedos é porque não existe vigilancia (explicação é falta de pessoal). Dizem que na praça remodelada a segurança é privada. Poder publico só compareceu para sair na foto e falar que ‘contribuiu’ para o feito. Eleger empulhador dá nisto.

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