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BRASIL. Plano Nacional de Educação entra na reta final de vigência sem cumprir maioria dos objetivos

Das 20 metas previstas no PND, maior parte não foi alcançada em nove anos

Entrega do relatório da Subcomissão Temporária ao vice-presidente da República Geraldo Alckmin  (Foto Pedro Gontijio/Agência Senado)

Por Paula Pimenta / Da Agência Senado

Instrumento basilar das políticas públicas educacionais brasileiras, o segundo Plano Nacional de Educação (PNE) está a pouco mais de um ano de encerrar sua vigência. O cenário é desolador: a maior parte das 20 metas não foi alcançada, e mesmo as que foram apontam para uma realidade de estagnação ou retrocesso.

Em breve, o governo federal terá de enviar ao Congresso Nacional um novo projeto de lei com o PNE para o próximo decênio – o atual (Lei 13.005, de 2014) finda sua vigência em junho de 2024. A nova proposta terá de repetir boa parte das metas não executadas na primeira e na segunda versões do plano, esta última muito prejudicada por cortes orçamentários e pela pandemia da covid-19 nos últimos três anos.

O senador Flávio Arns (PSB-PR) foi o presidente da Subcomissão Temporária para Acompanhamento da Educação na Pandemia, cujas atividades foram encerradas em dezembro de 2022. Ele entregou ao vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o relatório final da subcomissão, que monitorou e avaliou os impactos da pandemia sobre a educação, bem como propôs 30 recomendações para a recuperação dos sistemas de ensino com vistas à formulação de uma agenda estratégica para os próximos anos.

– A primeira recomendação do relatório foi direcionada ao Ministério da Educação, nos seguintes termos: posicionar o Plano Nacional de Educação como elemento central do planejamento das políticas educacionais nos próximos anos, tanto no que se refere ao atual PNE quanto relativamente aos debates para a elaboração do novo plano – destaca Arns.

Ao longo de 15 meses de trabalho, a subcomissão ouviu em audiências públicas diversos especialistas e representantes de órgãos públicos e da sociedade civil. O PNE foi um tema constante nas falas dos convidados, em geral preocupados com sua evolução insatisfatória. O próprio Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável por publicar a cada dois anos um relatório de monitoramento das metas, reconhece que o nível de execução do plano é baixo.

– No referido relatório, o Inep revelou algo assustador: desconsiderando o avanço educacional que nós já tínhamos conseguido quando o PNE entrou em vigor em 2014, o nível de execução real do plano não passa de 40%, na mediana. A conclusão, infelizmente, é a de que os anos de vigência do PNE tiveram uma contribuição muito insatisfatória para o avanço da educação no país – ressalta o senador.

CONFIRA AS 20 METAS DO PNE E A AVALIAÇÃO DO INEP SOBRE O CUMPRIMENTO DE CADA UMA

Ao definir ações, prazos e metas para as mais diferentes iniciativas educacionais, o PNE também é instrumento fundamental para os planos instituídos em estados e municípios. O PNE tem entre suas diretrizes propostas como a erradicação do analfabetismo; a universalização do atendimento escolar; e a superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação.

Para Tânia Dornellas, assessora da Campanha Nacional pelo Direito à Educaçãoo Plano Nacional de Educação – como política de Estado – deve ser “a espinha dorsal, o epicentro dos programas, das políticas públicas, das ações educacionais, que devem ser construídos e implementados em cooperação, fortalecendo assim o pacto federativo…”.

Metas do PNE devem servir como norte do nosso planejamento, defende Flavio Arns (Confira o video):

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Um Comentário

  1. Falam em quase todo problema que falta ‘pojeto’. Tinha ‘pojeto’ e não resolveu. Solução? Novo ‘pojeto’. Constatação de sempre, ‘faltou dinheiro’, o que se traduz como ‘valorização do bolso do servidor publico’. Vão fazer um novo plano, elaborar ‘politicas publicas’, dar uns caraminguas a mais e, chance maior, metas não serão alcançadas novamente. Obvio. Pessoal do ar condicionado arquitetando o que os que metem a mão na massa têm que fazer.

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