CIDADANIA. Prêmio distingue 37 mulheres de luta

Por Marcelo Antunes / Da Assessoria de Imprensa do Parlamentar

Do empreendedorismo na construção civil à pesquisa científica, do campo do Direito à saúde e à segurança alimentar, da magistratura à atividade acadêmica, de lideranças sociais à militância política, dos direitos humanos e da população LGBTQIA+, as 37 mulheres indicadas à 5ª edição do Prêmio Mulheres de Luta foram agraciadas pelas respectivas jornadas na noite de sábado, 25, em Santa Maria.

A solenidade reuniu, além das das contempladas, diversos familiares, amigos e lideranças políticas da cidade. Proposta pelo mandato do deputado estadual Valdeci Oliveira, a iniciativa busca anualmente prestar o reconhecimento público à lideranças femininas que são referências em suas respectivas áreas de atuação. 

“Esse evento, que é singelo, mas com várias simbologias, é uma oportunidade de homenagear mulheres de vários setores de Santa Maria e do Rio Grande do Sul. O nosso critério, principalmente, é cada uma ter uma trajetória de luta, superação, exemplo, experiência e dedicação. E acredito que não temos de homenagear as pessoas só quando partem desse mundo, temos de homenagear em vida”, afirmou Valdeci na abertura do encontro.

“No mundo em que estamos vivendo, precisamos, cada vez mais, cerrar fileiras contra o preconceito que é ainda muito forte, onde a violência (contra mulheres e meninas) lamentavelmente ainda impera. Continuem lutando, se empoderando, buscando o seu espaço”, completou o parlamentar. 

Com a coordenação dos trabalhos feita pela vereadora Graziela Marafiga, de São Pedro do Sul, a atividade teve como fio condutor a defesa da igualdade em todos os setores da sociedade, unindo diferentes classes sociais, culturas e áreas atuação. A leitura de um breve currículo de cada uma das homenageadas antecedeu a entrega de certificados. “Às mulheres, que assim como eu, estão orgulhosas, digo que Deus sempre tem um propósito para nós”, afirmou a agente comunitária Maria Claudete Ribeiro, que assim como a presidente do Tribunal de Justiça do RS, desembargadora Iris Helena, falou em nomes das presentes.

Lembrando das situações de violência doméstica que viveu quando criança, em que tinha de trabalhar em casas de família, “via o que minhas irmãs mais velhas passavam e eu dizia que não passaria por aquilo. Não aceitei que me batessem, não aceitei intolerância religiosa nem racial, nada, pois eu sou mulher, eu sou gente. E eu, como mulher, como cada uma de vocês, posso estar em qualquer lugar”, afirmou.

Claudete ainda relatou o período em que, após ingressar no curso de Promotoras Legais Populares, ajudou mulheres vítimas de violência. “Viemos para somar e dizer que isso eu vivi, isso eu não quero mais, isso não quero que elas passem. Isso é se colocar no lugar do outro”, avaliou. “As homenageadas desse noite já comprovaram que não se resignam por qualquer coisa, que têm um olhar realmente lançado para o futuro, que sabem que devem lutar. E muito já lutaram, lutam e lutarão, pois os desafios se renovam. Há uma frase que diz que quando já sabemos todas as respostas, renovam-se as perguntas. A nossa palavra é de gratidão, e a essas mulheres maravilhosas, sigam nas suas lutas e que cada vez mais mulheres estejam aos seus lados, e os homens igualmente”, frisou a presidente do TJ/RS, Iris Helena.

Desde que foi criado em 2017, o Prêmio Mulheres de Luta somente foi interrompido por conta da pandemia, em 2020 e 2021. Sem contabilizar os nomes agraciados nesse ano, já foram homenageadas mais de 150 mulheres gaúchas. “Quem está aqui tem a compreensão da inclusão, da solidariedade, da empatia, da luta contra o racismo e o preconceito. Ainda precisamos de muita coisa, mas eu tenho certeza que a vida, esperança, a felicidade e a expectativa de um mundo melhor está nas nossas mãos e estamos caminhando juntos para isso”, finalizou Valdeci.

Também participaram da atividade as vereadoras Helen Cabral e Marina Callegaro, o vereador Valdir Oliveira, o diretor do Fórum de Santa Maria, Vinicius Borba Paz Leão, a juíza de Direito Stefânia Frighetto e o juiz de Direito Régis Adil Bertolini.

Abaixo, a relação completa das agraciadas: