Nova ordem. A favor da fidelidade partidária. Mas não me venham com hipocrisia, por favor!
Um levantamento feito pela Folha de São Paulo, disponível na Folha Online (confira, lá embaixo, as sugestões de leitura) é pra lá de didático. Para começar, nessa história de fidelidade, há anjos. Mas nem tantos. Ou quem sabe pouco mais da metade dos integrantes da Câmara dos Deputados.
Mesmo parlamentares ilustres, hoje defensores da fidelidade (o que é saudável) já se beneficiaram da infidelidade. Dois exemplos gaúchos, para ficar apenas aqui na província: Júlio Redecker, hoje reeleito pelo PSDB, na legislatura passada elegeu-se pelo PP e virou tucano em meio ao mandato. Láááá atrás, Ônix Lorenzoni, que chegou a ter funções diretivas no PL (hoje PR), virou pefelista. E hoje, por força da mudança de nome do PFL, é um DEM.
Então, cá entre nós, hipocrisia tem hora. Ou se é favorável à fidelidade, ou não. Complicado é preferir o sabor da conveniência. Se bem que, nunca é demais lembrar, sempre é possível mudar de idéia. Mas de idéééééia… E arcar com o prejuízo.
Veja o que escrevi neste sábado na coluna Observatório, a respeito de Luiz Carlos Fort, do PT. Se quiser mudar de partido, o que ele admitiu em várias entrevistas publicadas, pode fazê-lo. Mas perderá o mandato. O que comentei a respeito, você pode ler clicando aqui.
No entanto, e aí me escoro em tudo o que li e ouvi nas últimas 72 horas, sou capaz de fazer uma previsão: a regra do TSE vai valer, quando chegar qualquer contestação ao Supremo. Mas não será retroativa. Ou, trocando em miúdos: quem trocar de partido, a partir de agora, perde o mandato. Quem já trocou, trocou e pronto.
O que, convenhamos, está de bom tamanho. Preserva a autoridade moral do Tribunal Superior Eleitoral (que, penso, extrapolou ao legislar, o que não é de sua alçada), e garante o desejo da maioria da sociedade, que é contra a infidelidade partidária.
SUGESTÕES DE LEITURA – Confira aqui a notícia Congresso ou STF mudará a nova regra, de Fernando Rodrigues, do jornal Folha de São Paulo.
E leia também, aqui, Mais da metade da Câmara trocou de partido alguma vez, publicada na Folha Online.
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