Por Jaiana Garcia (com fotos de Reprodução) / Da Assessoria de Imprensa da Palotti
Sobreviver às mudanças tecnológicas e às crises econômicas ao longo dos anos é tarefa difícil que merece ser reconhecida e comemorada. Em 23 de abril deste ano, a Gráfica Pallotti de Santa Maria completa 100 anos de existência. Pelo parque gráfico, um dos maiores do Brasil e o segundo mais antigo do Estado, já passaram grandes editoras e foram impressos inúmeros clássicos da literatura, como Dom Casmurro, A Divina Comédia e Sapiens, Uma Breve História da Humanidade.
A história começa em 1923, no Seminário Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto, hoje distrito de São João do Polêsine. A iniciativa da criação da gráfica foi do padre Rafael Iop, um sacerdote empreendedor no seu tempo. Dentre suas iniciativas, está a criação de uma revista missionária, que pudesse informar e formar os fiéis, segundo o carisma de São Vicente Pallotti.
Foi em Restinga Sêca que o padre descobriu uma tipografia pequena e simples, que se resumia a uma caixa com 15kg de tipos, formas e uma prensa manual. Decidiu comprá-la. Instalou-a em Vale Vêneto e começou a produzir folhetos, entregues nas missas dominicais. A partir desses folhetos nasceu a revista Regina Apostolorum (hoje Revista Rainha dos Apóstolos) e, com ela, a Gráfica Pallotti.
Ela funcionou por aproximadamente 10 anos em Vale Vêneto, administrada por Rafael Iop e um grupo de seminaristas. Entretanto, em 1934, a pequena tipografia foi transferida para Santa Maria e incorporada ao complexo do Patronato. Desde então a Gráfica Pallotti atua no mesmo endereço.
Nesses 100 anos de existência, a Pallotti sempre esteve na vanguarda do desenvolvimento tecnológico. Muitas máquinas para impressão e acabamentos foram sendo adquiridas e substituídas a fim de qualificar os trabalhos executados. Mas foi a década de 60 a mais marcante para a Pallotti, quando surge a era da impressão offset.
Aos poucos a tipografia foi dando espaço a este novo modo de produção e o chão de fábrica, antes ocupado por vários balcões e gavetas com tipos, componedores, bandejas de montagem e ramas, agora começa a receber máquinas de maior porte e um novo layout se desenha para esse advento da impressão.
No Museu Vicente Pallotti, anexo ao Complexo Pallotti, onde fica a gráfica, em Santa Maria, há exemplares originais das máquinas usadas para impressão desde a sua fundação. Além disso, a gráfica possui um acervo das impressões realizadas nestes 100 anos.
Uma das maiores gráficas do Brasil
Localizada no coração do Rio Grande do Sul, na cidade de Santa Maria, a Gráfica Pallotti chega ao centenário com um parque gráfico de aproximadamente 6 mil m², equipado com um conjunto de máquinas e tecnologias adequadas ao seu perfil editorial, que perpassam todos os setores, da recepção a expedição, visando sempre corresponder às exigências do mercado gráfico nacional.
Essa estrutura, especializada na linha editorial, permite produzir, além de livros, também revistas, catálogos, apostilas, entre outros tantos impressos. A capacidade média produtiva é de 340 mil livros por mês, equivalente a 4 milhões de livros por ano.
Atende editoras renomadas em todo o país, principalmente Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados até mais longínquos do norte, nordeste e centro-oeste, além de universidades, escolas, cursos pré-vestibulares, empresas, autores independentes, clubes de leitura, e outras instituições de diversos segmentos de todo o Brasil. Atualmente, a gráfica conta com um quadro funcional de mais de 100 colaboradores.
Uma das maiores graficas do Brasil? Só o Grupo Folha tem uma capacidade gigante. Obvio que existe o setor especifico, mas ‘maior do Brasil’ ou ‘maior do mundo’ geralmente não é.