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KISS, 62 MESES. Eventos no Campus e vigília no Centro marcam a data. E a luta por Justiça não para

Como acontece todos os meses, a cada dia 27, este site publica a imagem com os nomes dos 242 jovens que morreram. Esquecer? JAMAIS!

Por LUIZ ROESE, Especial para o Site

O lançamento da pedra fundamental do Memorial da Vida, no campus da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e uma vigília de familiares de vítimas, no centro de Santa Maria, marcarão os 62 meses da tragédia da Boate Kiss nesta terça-feira (27), na cidade que foi palco do incêndio de janeiro de 2013, que matou 242 pessoas.

Memorial

A programação se inicia às 11h desta terça (27), com o lançamento da pedra fundamental do Memorial da Vida, que será realizado próximo ao Centro de Convenções do campus sede da UFSM. O reitor da UFSM, Paulo Afonso Burmann, e o presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM), Sergio da Silva, estarão no ato.

Desde abril de 2017, uma comissão composta por servidores da UFSM e por dirigentes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) planeja um espaço de homenagens para as vítimas da tragédia na boate Kiss dentro do campus sede, principalmente dedicado aos estudantes da Universidade. Um projeto arquitetônico preliminar foi apresentado em dezembro por um grupo de estudantes de Arquitetura e Urbanismo, vinculados ao Laboratório de Paisagismo e Arquitetura, coordenado pelo professor Luis Guilherme Pippi, integrante da Comissão UFSM Pró-Memorial às Vítimas da Boate Kiss.

O professor Luis Guilherme Pippi informa que foi apresentada uma ideia inicial e a partir desta serão organizados o anteprojeto e o projeto executivo do Memorial. O projeto preliminar prevê uma passarela rodeada por um espelho d’água com 242 esguichos que dá acesso a um prédio com hall para exposições e salas multimídia. A edificação conta com um terraço-jardim que funcionará como mirante para os morros da cidade, áreas verdes do campus e o Centro de Convenções. O prédio, todo idealizado em vidro para estimular o contato com a natureza, ainda dará acesso a um monumento em formato de coração em meio a outro espelho d’água. No entorno, o projeto prevê a plantação de 242 espécies de árvores que florescerão em tempos distintos durante todas as estações do ano, e uma espécie de arquibancada ao ar livre com platôs para descanso e contemplação.

O espaço foi inspirado em parques como Paley Park, em Nova York, Memorial do Vietnã, em Washington, e Museu das Missões, em São Miguel das Missões. De acordo com o grupo idealizador, a ideia do projeto é garantir um espaço que celebre a vida, sendo refúgio para contemplação, tranquilidade e contato com a natureza. O hall de exposições e as salas multimídia poderão ser utilizadas pelo público, mas também abrigarão memórias das vítimas, pois o objetivo maior do espaço é homenagear as pessoas, uma vez que no local da boate será construído um memorial sobre a tragédia.

Vigília

Depois, das 13h30 às 17h30 desta terça (27), será realizada uma vigília na tenda dos familiares, na Praça Saldanha Marinho, no centro de Santa Maria. Às 16h30, no mesmo local, haverá um momento de reflexão, oração e canto, que será comandado pela professora Maria das Graças Py, Na sequência, ocorrerá o tradicional Minuto do Barulho, com palmas para homenagear as vítimas da tragédia. Durante as atividades, familiares de vítimas estarão com a campanha de arrecadação de material escolar para crianças carentes.

Todos são convidados a dar uma passada na tenda para dar um abraço nos familiares e, em qualquer lugar, a fazer uma oração.

Documentário

Também nesta terça (27), reiniciam as atividades do Cineclube da Boca, da UFSM. A primeira sessão de 2018 exibirá o documentário “Depois Daquele Dia”, da Luciane Treulieb, produzido pela TV OVO, às 19h, no auditório do Prédio 67, no campus em Camobi. A entrada é gratuita.

O filme Depois Daquele Dia apresenta uma narrativa que compreende a maneira como Santa Maria foi afetada e reagiu à tragédia da Boate Kiss. A jornalista Luciane Treulieb, diretora do filme (irmã de João Aloísio Treulieb – uma das vítimas da tragédia), narra a história através de sua perspectiva pessoal e apresenta de uma maneira sensível, um documentário que trata de um tema difícil. Luciane inclui no filme seus relatos e os depoimentos de mais 10 entrevistados, entre eles jovens da comunidade, engenheira civil, professor, sociólogo, psicólogo, sobrevivente, jornalista, empresário entre outros.

O documentário, que tem a produção da TV OVO, é parte do trabalho de conclusão do mestrado em Periodismo Documental realizado pela diretora na Universidad Nacional de Tres de Febrero, da Argentina.

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