120 dias de Schirmer. PT/SM debate, debate e debate. E decide levar livre Farret e Pozzobom

Como antecipei faz dez dias, mais exatamente na coluna Observatório, que publico em A Razão e reproduzo aqui, o PT de Santa Maria está saindo da toca. Depois de cinco reuniões de seu Diretório (uma delas acabou não ocorrendo, por falta de quorum), na última, ocorrida na quarta passada, dia 6, fechou os termos do documento de avaliação dos primeiros 120 dias do governo de Cezar Schirmer.

Aliás, como também escrevi então, a dúvida que havia era se o escrito sobre o início da nova administração (que derrotou os petistas em outubro passado) incluiria ou não o vice-prefeito José Farret. Por motivos obviamente estratégicos, e não há outros, aparentemente, não apenas o vice, como o outro vértice do triângulo governista, Jorge Pozzobom, também será poupado das críticas que sobrarão ao prefeito – os três na foto feita dois dias depois do pleito do primeiro domingo de outubro.

Mas, segundo interlocutores que participaram da última conversa dos petistas, não foi pacífica a interpretação que será dada a conhecer publicamente ainda nesta semana. A idéia de “preservar o tucano e o progressista” foi condenada por setores do partido que argumentam serem Farret e Pozzobom candidatos a deputado, e portanto adversários em 2010, e, no caso específico do atual vice, entendem os contrários à preservação que ele foi “decisivo” para a derrota do PT e também por estar disponível a concorrer, com muita força (se eleito deputado) a prefeito também em 2012.

Essas idéias, no entanto, foram derrotadas pela maioria, que se compôs através de uma união pontual da bancada de vereadores, do ex-prefeito Valdeci Oliveira e, também, de um grupo ligado ao deputado estadual Fabiano Pereira.

De todo modo, o restante do documento foi “mais ou menos” consensual e deve incluir exatamente aquilo que este (nem sempre) humilde repórter já trouxe há semana e pouco: vai desde “a falta de democracia de Schirmer, que não recebe os edis de oposição”, passa pela crítica ao convite para que Cezar Busatto vire secretário, e também por uma censura “ao fim do passe livre e ao aumento da tarifa urbana”, entre outros temas.

Resta, assim, aguardar o teor oficial do escrito que está para ser divulgado. E conferir. Afinal, é a primeira manifestação do principal dos partidos da oposição derrotada em outubro de 2008.