A decisão dos trabalhadores da Corsan em Assembleia Geral – por Rogério Ferraz
‘Nossa luta continua na defesa da Água Pública e de acesso para todos e todas’
Na terça, 20, aconteceu a Assembleia Geral dos Trabalhadores da Corsan em Porto Alegre. Uma plenária onde foram decididos os rumos do Acordo Coletivo da Categoria para os anos de 2023 e 2024. Ao contrário do que saiu em parte da imprensa, os Trabalhadores não autorizaram a privatização ou tampouco aprovaram um Acordo que “assegura a privatização da Companhia”.
A Assembleia Geral acontece todos os anos, pois a data base da categoria é o dia 1º de maio. Neste período o SINDIÁGUA-RS entra em negociação com a direção da empresa pública Corsan e, quando se chega numa proposta que minimamente possa ser analisada pelo conjunto dos Trabalhadores, o Sindicato convoca uma Assembleia Geral.
E foi isto o que aconteceu na terça-feira dia 20 de junho. Foram tratados temas relativos à negociação salarial com a empresa pública Corsan.
O fato novo deste ano é que há um leilão já realizado, em 20 de dezembro de 2022, e há uma empresa que arrematou a Corsan. E o contrato de venda não foi assinado por várias ações e liminares, a maioria das ações propostas pelo Sindiágua, que trancam esta assinatura.
Portanto, havendo uma possibilidade de ser concretizada a venda da estatal, o SINDIÁGUA-RS negociou com a possível adquirente que, em caso de venda, haja uma estabilidade de 18 meses no emprego para os Trabalhadores. Aliás, prazo de estabilidade inédito em privatizações no Brasil.
Em não se efetivando a venda, que é objeto da nossa luta, segue o Acordo Coletivo normal com a empresa pública Corsan.
Portanto, como visto, nada há de desistência de ações, a não ser por perda de objeto, nada de autorização para a privatização. É simples, basta o jornalista se interessar em buscar a informação correta. Só jornalista mal-intencionado para julgar que o SINDIÁGUA-RS reuniria seus Trabalhadores em Assembleia Geral para deliberar sobre uma possível autorização para a privatização.
A nossa luta continua na defesa da Água Pública e de acesso para todos e todas.
(*) Rogério Ferraz é Diretor de Divulgação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto do Estado do Rio Grande do Sul – Sindiágua/RS.
Sim, não querem a privatização. Há muitas reclamações trabalhistas a serem ajuizadas e a teta não pode secar.