Por Paulo André Dutra
O padel vive um momento de expansão em Santa Maria. De um esporte de nicho, com algumas dezenas de praticantes, chama atenção a popularização do jogo, mesmo que muitos ainda o confundam com tênis (raquete e bolinha) ou até squash (pelo uso da parede). E isso tem a ver com as mudanças no esporte e, principalmente, na infraestrutura existente na cidade.
A evolução da modalidade chegou com tudo ao coração do Rio Grande pouco antes do início da pandemia. Até três anos atrás, cidades menores do interior do Rio Grande do Sul contavam com espaços mais modernos e amplos, com quadras de grama sintética e paredes de vidro, enquanto por aqui ainda reinavam as (poucas) quadras de alvenaria.
Primeiro o Clube Dores e depois empreendimentos independentes investiram em estruturas no padrão das principais competições internacionais.
“Somos privilegiados por termos três grandes clubes, com estruturas de primeiro mundo, 18 quadras de altíssimo padrão em um raio de menos de 2 km. Isso ninguém tem”, avalia o empresário Diego Callegari, do Cesla, no Bairro São José, que junto com o Star Padel Club e o Squadra Padel Club, ambos no Bairro Diácono João Luiz Pozzobom, formam a Liga Santa-Mariense de Padel.
A organização veio para padronizar os torneios em termos de nível técnico, organização, categorização e formar um ranking único, não mais dividido por clubes, explica o professor Lucas de Souza (Neguinho), um dos diretores técnicos junto com Douglas Fernandes e Roque Silveira.
“Sem dúvida hoje Santa Maria é um dos grandes centros do padel nacional, pela estrutura e número de praticantes. Tínhamos duzentos atletas até três anos atrás, agora passamos tranquilamente de mil”, contextualiza Souza.
Com mais público e qualificação nos espaços, foi possível investir na atração de eventos de alcance mais amplo. Uma das grandes organizações mundiais da modalidade, o A1 Padel veio em abril pela primeira vez ao Brasil e teve como sede Santa Maria. No ginásio do Clube Dores, uma estrutura especial recebeu uma semana de jogos com alguns dos principais atletas do momento. Para os próximos meses estão previstas também competições do Circuito Gaúcho de Padel e do Brasil Padel Tour.
“O evento internacional impulsionou a procura de novos atletas e famílias interessadas em cerca de 30%”, relata Callegari, que já projeta a ampliação do empreendimento.
Etapas
Todas as quatro etapas do torneio da liga têm jogos nos três clubes, sendo cada etapa coordenada por um clube. A primeira foi em março, organizada pelo Star. A segunda etapa ocorreu no último final de semana, tendo como sede principal o Cesla. O próximo está agendado para setembro, no Squadra.
No total, 242 duplas brasileiras, argentinas, uruguaias e paraguaias competiram em 14 categorias, com público estimado em duas mil pessoas.
Confira os vencedores:
Open Feminina: Alessandra Barros / Cristina Cirne Lima de Oliveira
Open Masculina: German Faure / Denis Ignacio Caluva
2ª Masculina: Rafael Leal / Lucas La Regina
3ª Feminina: Lívia Dornelles Freitas / Lisiane Almeida Alves
3ª Masculina: Homero De Mendonça / Matheus Buligon
4ª Feminina: Fabíola Cargnin / Amira khaled Aqel
4ª Masculina: Renan Bauer / Eduardo Staevie
5ª Feminina: Sofia López / Vanela Stark
5ª Masculina: Guilherme Pahim Maass / Diego Martín Lopez Costa
6ª Feminina: Silvana Bastos Cogo / Daniele Einloft
6ª Masculina: João Pedro Langaro / Eduardo Neto
Iniciantes Feminina: Julia Marques Lautenschlager / Gleiane Ruviaro da Silva Chiapinotto
Iniciantes Masculina: Luiz Fernando Crispan / Juliano Da Cas
Sub 12 mista: Teodoro Metzdorf / Bruno Boehm Pitan
Nova fase é a irrelevancia noticiada.