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Crise ianque. O lado bom daquela que já foi uma marolinha. Até o Meirelles está se adequando

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, disse, lá por agosto/setembro do ano passado, que o Brasil não sentiria o “tsunami” que tragava os mercados no hemisfério norte e adjacências. Cunhou, então, uma palavra que todos usam hoje, a maioria com sentido depreciativo: “marolinha”, era o que teríamos.

 

Se vê, agora, que não é bem assim. Mas, contraditoriamente talvez, é bem assim. Isto é, o país, segundo todos os organismos internacionais ditos como insuspeitos, a começar pelo Banco Mundial, passando pelo FMI e outros menos votados, reconhecem no Brasil (junto com o Chile) o país em que a crise ianque será menos sentida e, mesmo assim, será provavelmente o que antes sairá dela. E mais forte. Por que não, então, marolinha?

 

Ah, e tem também algumas vantagens, se é que se pode usar a palavra. Uma delas é que o renitente “homem de mercado” Henrique Meirelles (foto), meio que na obrigada, está se moldando aos novos tempos. E o Banco Central, que ele preside, já patrocina uma (por enquanto) pequena redução das taxas de juro.

 

Desses e de outros efeitos que podem ser qualificados de benéficos da crise (ou marolinha) trata o editor chefe do Jornal do Brasil, Tales Faria, na coluna “Coisas da Política”, reproduzida pelo Blog dos Blogs. A foto é de Fabio Rodrigues Pozzebon, da Agência Brasil. Acompanhe:

“Henrique Meirelles e o novo discurso

Como é mesmo aquele ditado chinês segundo o qual a crise costuma trazer grandes oportunidades? Não lembro. Poderia consultar a internet, mas, na verdade, interessa pouco sabê-lo ipsis litteris. O que há de interessante é que, para o Brasil, a crise internacional pode acabar se transformando num importante episódio de crescimento relativo. É desagradável falar assim, mas as Guerras Mundiais serviram como momento de avanço para países da periferia, como o Brasil e os EUA do passado. Desta forma, em meio à crise internacional, já começa a haver um certo consenso de relativo otimismo sobre o país, em termos econômicos. Até entre os oposicionistas mais ferrenhos.

A revista Veja desta semana abriu capa para 10 razões a favor do otimismo – como reservas de US$ 200 bilhões praticamente intocadas, independência em relação ao petróleo e o fato de sermos um dos maiores produtores de alimentos do mundo – e enumerou um único motivo contrário: os gastos públicos. Tem razão, é preciso muito cuidado com os gastos públicos. Não que eles tenham que diminuir, mas têm que ser otimizados, bem gastos.

Como resultado exatamente da crise econômica internacional, há, por exemplo, uma forte expectativa de queda da inflação no Brasil, baseada na diminuição da pressão mundial sobre os alimentos que produzimos. É o caso da soja, cujo preço recua na Bolsa de Chicago, provocando queda nos preços do óleo para os consumidores nos supermercados brasileiros. O mesmo se repete em relação a vários itens da cesta de alimentos. Por isso, a expectativa de uma taxa anualizada de inflação está próxima dos 4% em 2009…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras notas e artigos de Tales Faria, publicados no Blog dos Blogs.

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