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Sem mudanças. Perfil do ministério lulista não indica reformas, nos próximos quatro anos

Faz sentido. Desconsiderando o fato de ainda faltar uma peça no primeiro escalão – o substituto de Waldir Pires, que sai a qualquer momento do ministério da Defesa – e de ser acrescentado um nome, da quota de Ciro Gomes, na secretaria dos Portos, a ser criada, não se vislumbra qualquer mudança mais profunda na estrutura do Estado brasileiro, no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

 

Já se percebe, inclusive, um previsível desconforto da mídia grandona, que reflete (confira a sugestão de leitura, no final deste texto) uma certa inconformidade também com a situação. E não que esteja errada. Penso, sob o risco de pedradas, que é sim importante uma reforma na legislação trabalhista e sindical, que desonere as contratações, de um lado, e termine com o cartório dos sindicatos, de outro. Tenho certas dúvidas em relação à Previdência – que não vejo assim tão deficitária quanto se quer fazer crer.

 

Mas também não passaria muito além disso. E, no caso, a aposta de Lula com seus PACs (Plano de Aceleração do Crescimento) na economia, na educação, na saúde e até na segurança (Tarso Genro, se noticia, já estaria dando um jeito de criar o seu, no ministério da Justiça), parece ser a que vai predominar no segundo mandato.

 

Pode-se discordar disso, claro que sim. Mas, cá entre nós, noves fora a reforma política (que os políticos de plantão não querem e não vão fazer, exceto com um enxerto aqui e outro ali), o que o País precisa, mesmo, é de um projeto de desenvolvimento. Que contemple a maioria da população, especialmente a mais pobre, que seria introduzida ao mercado. Se Lula der conta disso, estará de bom tamanho. É o que, intuitivamente talvez, ele acabou montando, ao chamar quem chamou para compor o ministério.


O resto? É discurso, só discurso. Contra ou a favor, mas pura retórica que ao conjunto da população não toca nem de leve. É o que penso.

 

SUGESTÃO DE LEITURAleia aqui a reportagem “Lula monta ministério que dificulta reformas”, de João Domingos e Luciana Nunes Leal, publicada no jornal O Estado de São Paulo.

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