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JOGO OFENSIVO. Os vários fatores que explicam a eliminação precoce do Inter SM na divisão de acesso

O colunista do site avalia (e explica) a saída de cena do Alvirrubro no certame

O time/clube cometeu alguns erros (dentro e fora do campo) e que custaram caro (Foto Renata Medina/Divulgação/Inter-SM)

Por Juan Grings / Colunista do Site

Antes mesmo de pisar no gramado castigado pela chuva do Presidente Vargas na manhã deste domingo, o Inter-SM já estava oficialmente eliminado do Campeonato Gaúcho Série A2. As chances, que desde o último final de semana já eram pequenas, ficaram ínfimas depois do julgamento que retirou três pontos do Alvirrubro pela escalação irregular de Wilson Jr e zeraram quando o Bagé derrotou o Santa Cruz no sábado.

Mesmo o mais pessimista torcedor dificilmente imaginaria que o desfecho de um dos elencos mais estrelados da Divisão de Acesso seria chegar à penúltima rodada sem nada a disputar. No entanto, há alguns pontos que explicam o fracasso no principal objetivo da temporada.

Suspensão de Jarro

O primeiro e mais midiático de todos foi a suspensão do atacante Jarro. Envolvido nos escândalos de apostas que vieram à tona no primeiro semestre do ano, o jogador foi suspenso por dois anos do futebol. Jarro foi considerado o grande reforço do Internacional para a temporada, uma vez que já é bem consolidado no interior gaúcho após boas passagens pelo São Luiz. Na sua estreia, fez o gol da vitória, depois, ainda antes da suspensão, se lesionou e praticamente não atuou mais. Falei um pouco mais sobre o assunto há pouco mais de um mês.

Demissão tardia de Ben Hur Pereira

Para o comando técnico, o Inter-SM apostou em um medalhão. Ben Hur Pereira é das figuras mais respeitadas no futebol do interior e tem, de fato, muito sucesso no seu currículo. No entanto, a passagem dele por Santa Maria nunca foi com a entrega que os nomes do elenco exigiam. Em 10 jogos, foram três vitórias, nenhuma que tenha convencido, quatro empates e três derrotas. Além das escolhas, as quais abordarei no próximo tópico, o time não evoluiu e a direção demorou a agir. Márcio Nunes estreou apenas na 12ª rodada em uma situação praticamente irreversível. À época da demissão, trouxe algumas impressões minhas aqui.

Insistência com atletas

Embora tantos atletas de qualidade tenham desembarcado em Santa Maria, Ben Hur, principalmente, manteve uma convicção. Ídolo máximo de uma geração de torcedores, camisa 10 tradicional que sabe exatamente o que fazer sempre que tem a posse, mas já com seus 42 anos, Chiquinho foi titular sempre que pôde e não conseguiu produzir nem gols nem assistências. É evidente que a técnica é fundamental no futebol, mas hoje em dia nada supera a capacidade física e isso ele não tem mais por uma questão óbvia: a idade.

Na referência esteve, na maior parte do campeonato, Raphael Macena, que chegou com ares de homem-gol, mas que anotou apenas um tento – de pênalti – e participou de todos os jogos em que esteve disponível. Michel foi contratado na reta final e mesmo assim Macena seguiu no time, mas deslocado para o lado.

Pontos perdidos no final dos jogos

Por fim, o Alvirrubro perdeu pontos preciosíssimos nos minutos finais atuando em casa. Na sexta rodada, vencia o Bagé – que viria a ser um candidataço ao acesso – até os acréscimos do segundo tempo, quando levou o gol do empate. Já na 10ª rodada, no jogo em que determinou a demissão de Ben Hur, o Inter-SM empatava com o Santa Cruz e, com um a mais em campo, sofreu contra-ataque aos 45 da etapa final e levou a virada do Galo, com direito a lei do ex de Edugol. São três pontos a menos que poderiam ter, no mínimo, mantido as esperanças até a última rodada.

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