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SEGURANÇA. Estado registra aumento de mortes violentas e feminicídios, mas queda em latrocínios

Dados são do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta

Reproduzido do jornal eletrônico SUL21 / Texto assinado por Luís Gomes (com foto de Grégori Bertó/SSP)

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou nesta quinta-feira (20) o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, que traz os números da violência no Brasil e nos Estados a partir dos divulgados pelas secretarias estaduais de Segurança Pública. O levantamento aponta que o Brasil registrou queda de 2,4% no número de mortes violentas intencionais na comparação entre 2022 e 2021, enquanto o Rio Grande do Sul registrou aumento neste crime.

O Anuário aponta que, em 2022, foram registradas 2.154 mortes violentas intencionais no RS, alta de 3,8% em relação a 2021 (2.073). O número mais alto da série histórica foi de 3.132, registrado em 2017.

No Brasil, foram registradas 47.508 mortes violentas intencionais em 2022, contra 48.431 em 2021.

Considerando apenas homicídios dolosos, o número de vítimas foi de 1.963 no RS, alta de 7,5% em relação aos 1.823 registrados em 2021.

O número de pessoas mortas em latrocínios no Estado — roubo seguido de morte — foi de 49 em 2022, queda de 21,1% em relação aos 62 registrados em 2021.

Os casos de lesão corporal seguida de morte somaram 36, alta de 12,3% em relação aos 32 de 2021.

Em 2022, quatro policiais militares morreram em confronto ou por lesão não natural fora de serviço no RS. Nenhum policial, civil ou militar, morreu em confronto em serviço. Em 2021, um policial civil e três policiais militares morreram em confronto ou por lesão não natural fora do serviço. Naquele ano, um policial civil e um militar morreram em serviço.

Já o número de mortes decorrentes de intervenções policiais registrou queda. Em 2022, 88 pessoas foram mortas em ações da Brigada Militar e 6 em ações da Polícia Civil. Em 2021, foram registradas 131 mortes em ações da BM e 3 da Civil. O número de mortes por ações de brigadianos fora de serviço caiu de 21, em 2021, para 12, em 2022. Somando os grupos, o número de mortes por intervenção policial caiu 32,1% no RS, de 156 para 106.

O Anuário aponta que o RS está entre os estados com menor número de mortes causadas pela polícia, menos de 2 por 100 mil habitantes, enquanto a taxa média no Brasil é de 3,2 mortes decorrentes de intervenção policial por 100 mil habitantes.

Em termos de investigação policial das mortes, houve uma disparadas de crimes a serem esclarecidos. Em 2021, foram registradas 47 mortes a esclarecer. O número saltou para 180 em 2022, alta de 282,4%.

Feminicídios

O número de mulheres mortas aumentou de 331 para 391, alta de 18%. Em 2021, 96 foram considerados feminicídios, quando o crime ocorre em situação de violência doméstica ou pela condição de gênero da vítima. Em 2022, foram 110 feminicídios, alta de 14,4%.

O número de tentativa de feminicídios também registrou leve alta, de 255 para 265, variação de 3,8%. Os casos de lesão corporal dolosa em situação de violência doméstica aumentaram de 18.028 para 18.208, variação de 0,9%. O número de medidas protetivas de urgência concedidas saltou de 41.250 para 54.954, alta de 33%.

Já as ameaças a mulheres caíram de 64.162, em 2021, para 61.998 em 2022, variação de -3,5%.

No Brasil, o Anuário aponta que o número de feminicídios cresceu 6,1% em 2022, com 1.437 mulheres mortas por serem mulheres.

PARA LER NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

Confira a íntegra do documento:

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Um Comentário

  1. Sociologo na JP. Falou da ‘lenda da diminuição das mortes violentas por conta das facções’. Depois emendou que ‘pode até acontecer’, mas a ‘paz das facções não é duradoura, só a do Estado’. Vermelhos não demoram 5 minutos para entrar em contradição.

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